Lobby farmacêuticoA indústria farmacêutica já começa a fazer lobby contra a venda de remédios fracionados ou em unidades, afirmou Luiz Silveira, do Movimento Brasileiro contra a Indústria da Doença. Silveira criticou a "ganância" das empresas desse setor e disse que o objetivo do movimento que ele lidera é denunciar e fiscalizar as mazelas na saúde pública, incluindo o atendimento prestado à população. "O governo brasileiro deve investir em vacinas e pesquisas", completou.Quadrilha bancáriaUma quadrilha atuando dentro do Banco Nossa Caixa realizou indevidamente, em nome de um correntista, empréstimos que, desde 1994, já somam cerca de R$ 170 milhões. A denúncia foi feita pela advogada Vera Lúcia Vassouras. Segundo ela, seu cliente, um argentino residente no país há mais de 20 anos, tinha um empréstimo não quitado com a Nossa Caixa e mantinha uma conta corrente sem movimentação na agência Tiradentes, por meio da qual foram feitos os empréstimos ilegais. "O Poder Judiciário deve dar uma resposta a esse escândalo", disse Vera Lúcia."Intolerável insensibilidade""Espero que o Parlamento paulista não ratifique esse absurdo que é o PLC 17/06", disse a presidente do Sindicato dos Peritos Criminais do Estado de São Paulo, Maria Márcia Kesselring, ao se manifestar contra o escalonamento de valores no projeto que cria o Adicional Operacional de Localidade para as polícias Civil e Militar. Ela destacou o que considera "caráter discriminatório" da medida, que, ao não estender o benefício a inativos e pensionistas, "revela uma intolerável insensibilidade do Governo do Estado".Lições da históriaO pesquisador do Acervo Histórico da Assembléia Celso Fontana relembrou fatos históricos para manifestar-se a favor de ações afirmativas em benefício da população negra. Segundo ele, constam dos arquivos do Parlamento paulista um ofício de 1839 em que a Câmara Municipal de Santos solicita a inclusão no Orçamento de reembolso para as despesas que teve na destruição de um quilombo. Além disso, uma lei de 1865 premiava os capitães-do-mato que recapturassem escravos. "Se os recursos públicos ajudaram a manter a escravidão, não deve ser difícil convencer os cidadãos de que também devem ser usados em políticas em favor da população negra", ponderou.Imoral e ilegalO salário dos delegados de polícia paulistas só perde para os da Paraíba, criticou Maria Lima Matos, da ONG Segurança para Todos. Segundo ela, esse é um dos aspectos da "imoral e ilegal política de segurança pública praticada pelo Governo do Estado". Para Maria Lima, o governo atual é uma continuação da gestão de Geraldo Alckmin, que, "em seis anos, não respeitou os bens mais preciosos da população: o direito à vida e à integridade pessoal". Outra medida criticada por ela é o pequeno número de viaturas colocadas à disposição da população de determinados bairros da capital. Saúde dos servidores"Sem servidor público em condições de atender bem a população, toda a sociedade é penalizada", afirmou o secretário-geral do Sindicato dos Agentes de Segurança Penitenciária de São Paulo, Rozalvo José da Silva. Ele, que também é membro de uma comissão mista do Instituto de Assistência Médica do Servidor Público Estadual (Iamspe), pediu a criação de uma frente parlamentar em defesa da saúde dos servidores estaduais. Segundo Rozalvo, o Estado não tem contribuído na proporção que lhe cabe para o pagamento dos custos da Previdência do funcionalismo. Ele afirmou que os hospitais não estão funcionando a contento e que há filas enormes de pessoas que esperam cirurgias seletivas.Não ao imperialismoMembro da Comunidade de Olho na Escola Pública (Coep), José Roberto Alves da Silva defendeu a postura do governo Lula em relação ao recente episódio de nacionalização do gás boliviano. Segundo ele, o Brasil não tem tradição em resolver suas questões de forma belicosa. Roberto Alves entende que o país precisa defender seus direitos, mas de forma pacífica. Ele alegou ser contrário à forma imperialista em que certas potências mundiais se pautam.Inclusão socialMilitante do Partido Socialista Brasileiro, Silvio Luiz Del Giudice afirmou que os neoliberais defendem uma política individualista, enquanto os socialistas propagam políticas públicas voltadas para o coletivo. Para Del Giudice, não se pode fazer política pensando apenas nas minorias. Ele pediu ações governamentais de inclusão social para os mais carentes. Em relação ao episódio boliviano, o militante afirmou que essa mesma mídia que propagou tanto patriotismo em defesa dos interesses brasileiros pouco se manifestou à época da privatização da Vale do Rio Doce.Transporte críticoRepresentante da ONG Embu Guaçu em Ação, Merice Andrade de Quadros, fez um apelo aos deputados para que atentem para a situação em que se encontra Embu Guaçu. Segundo Merice, aquele município tem muita carência nas áreas da saúde, transporte, educação e saneamento básico. Ela afirmou que a situação do transporte público na região, embora crítica " com ônibus velhos e mal conservados ", não sofre punições da EMTU.Justiça falha"Que justiça é essa?", questionou o morador de rua Robson César Correia de Mendonça, indignado com o fato de verificar nos jornais que pessoas condenadas por cometerem pequenos delitos chegam a ser presas, enquanto o jornalista Pimenta Neves, condenado pela morte de uma pessoa, saiu livremente após o julgamento. Ele afirmou, ainda, que a solução dos problemas brasileiros passa pela educação do povo, pois "os políticos corruptos são reeleitos pelos analfabetos".A água da BillingsPara Rodolpho de Jesus Magdaleno, morador da região da Billings, a água que está sendo bombeada para a represa, retirada do rio Pinheiros, continua poluída, pois o processo de flotação não deu resultado. "A flotação é um fracasso. Mesmo no Ibirapuera, onde o volume de água é infinitamente menor, este método não deu resultado", afirmou.Falta conteúdo"Vários são os planos e projetos para a área da educação, mas eles não se traduzem em resultados práticos, pois o problema está dentro da sala de aula", afirmou Anderson Cruz, representante do Instituto Educação São Paulo. Para ele, poucos são os professores e diretores comprometidos com o conteúdo que é dado em aula.AvançosA criação, pela Assembléia Legislativa, da Delegacia de Crimes Raciais e de Delitos de Intolerância e pela Polícia Civil foi saudada por seus avanços significativos pelo representante do Grupo de Negros e Políticas Públicas da Assembléia, José Reinaldo Araldo. Os telefones para a população acessar os serviços são: SOS Racismo, 08007733886; e Delegacia, 3315-0151.Só para os ricosCarlos Eduardo Ventura Campos, da Agência do Desenvolvimento Social, afirmou que no Brasil só tem direitos humanos quem for rico. Os pobres estão condenados a situação de rua ou à prisão. Carlos questionou o desempenho da Assembléia, que não aprovou nenhum dos pedidos de CPI, e criticou o PSDB e o PFL, que, segundo o orador, só sabem criticar o governo Lula.Fim da FebemAto pelo fim da Febem, que irá acontecer no próximo dia 24 na Assembléia, foi o tema de abertura da participação de Mauro Alves da Silva, do Fórum Jabaquara em Defesa da Infância e Juventude, na Assembléia Popular. Mauro convidou a todos para participar do ato e acompanhar de perto as eleições para o Conselho Municipal da Criança e do Adolescente, que acontecem em maio. JustiçaCremilda Estela Teixeira, do Núcleo de Apoio a Pais e Alunos (Napa), parabenizou o juiz Ronaldo e o promotor público José Heitor dos Santos, de Mirassol, pelo trabalho que desenvolveram para acabar com as irregularidades que aconteciam em uma escola da cidade. "Infelizmente, são poucos os que têm poder e agem em benefício da educação, por isso todo o meu respeito pelo juiz e pelo promotor da cidade de Mirassol", afirmou.