Depois do Natal e do Ano Novo, vêm aí o Dia das Mães, o Dia dos Namorados, o Dia dos País... É válido refletir sobre os danos causados por indultos e por liberação temporária de presos durante determinadas datas festivas. A péssima experiência ocorrida quando das recentes festas de fim de ano no Estado de São Paulo exige das autoridades um critério mais rígido.

A quem interessa fazer com que bandidos condenados a até 80 anos de prisão sejam liberados de suas cadeias? Muitos dos presos soltos nos últimos dias de 2003 acabaram não retornando para os presídios. Alguns trataram de fugir, outros voltaram a praticar crimes e houve até casos de detentos que se envolveram em assaltos ou brigas e acabaram sendo mortos.

Vamos pensar a respeito: todos esses 11.836 presos liberados de cadeias paulistas mereceram esse benefício e garantiram algo de positivo à sociedade?

É claro que a resposta só pode ser negativa. O noticiário mostrou inúmeros casos de crimes cometidos por presos beneficiados por indulto ou por liberação temporária. Feito o balanço, após as festas de fim de ano, cada diretor de presídio verificou um número impressionante de detentos que, vencido o prazo para reapresentação, não voltaram às suas celas. A lição precisa ser aprendida. Vem aí o Dia das Mães seguido de outras festas ao longo do ano. Já é hora de o poder público ser mais rígido com criminosos condenados.

*Afanasio Jazadji é radialista, advogado e deputado estadual pelo PFL