O mundo tem sido obrigado a conviver há um mês com as atrocidades de mais uma guerra estúpida e criminosa. Por interesses meramente financeiros, osEstados Unidos e a Grã-Bretanha jogaram um sem-número de mísseis em terras iraquianas, detonaram bombas, mataram civis inocentes, inclusive crianças, idosos e doentes internados em hospitais, e hoje dizem gloriosos e hipócritas, que o povo iraquiano está libertado das garras do tirano Saddam Hussein.Mais do que condenar as atrocidades oriundas de crimes continuados de lesa-humanidade, o que há de se fazer é pedir a Deus que as chagas supuradas do povo iraquiano, sejam tratadas com todo cuidado e que a justiça dos homens seja feita.A Organização das Nações Unidas foi jogada às traças com a transgressão de norte-americanos e britânicos, que mesmo sem qualquer aval da entidade, invadiram terras iraquianas e trucidaram seu povo. E há de seperguntar se os criminosos travestidos de chefes de estado, irão receber o cafuné da impunidade e desfrutar das riquezas do Iraque arrasado, como opetróleo jorrante do solo em meio a escombros e mortos.O mundo, que recebe as ameaças de uma nova peste, a pneumonia asiática, castiga-se num luto inconsciente diante dos milhares quem sabe milhões de mortos e feridos em solo iraquiano. O tempo pode aliviar as Chagas abertas pela guerra, mas não poderá, a bem da humanidade, esquecer o que as lentes das câmeras mostraram crua e vastamente via satélite.*Luís Carlos Gondim Teixeira é deputado estadual pelo PTB