Promovido encontro entre CPTM e comunidades na Assembléia Legislativa

(com foto)
28/06/2002 19:14

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DA REDAÇÃO

Com mediação e apoio do deputado Henrique Pacheco (PT), a Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) e representantes das comunidades de Jaraguá; da Associação dos Trabalhadores Sem Terra da Zona Oeste, Cláudia Sílvia da Cunha Modesto; e da Organização Não Governamental Grupo de Apoio à Vida Positiva (Gavip) de Campo Limpo Paulista, Eliandro Aparecido de Souza, entre outros, reuniram-se na tarde desta sexta-feira, 28 de junho, na Assembléia Legislativa, com o intuito de discutir diversas reivindicações da comunidade.

O deputado Henrique Pacheco (PT) abriu a reunião afirmando que este é "o primeiro de vários encontros" e leu uma série de pedidos trazidos pelas comunidades, tais como acesso à estação Piqueri; alargamento da passagem em nível da Vila Clementino com acesso ao Jardim Regina; passarela no Jardim Abreu - segunda gleba próxima à Vila Voight; estação ferroviária entre Perus e Jaraguá; melhoria de acessibilidade às estações, com atendimento às necessidades de pessoas portadoras de deficiências; e melhor distribuição "de beleza", levando às áreas menos favorecidas "a mesma preocupação estética que norteou a construção das estações próximas ao Rio Pinheiros". A representante da Associação dos Trabalhadores Sem Terra da Zona Oeste falou também sobre área da Fepasa na estação do Jaraguá, que se encontra desabitada e inoperante há mais de vinte anos. Foram apontados também atrasos nos horários e péssimas condições dos trens.

CPTM

Luiz Ferretti, representante da Companhia Paulista, disse que veio "exatamente para ouvir as reivindicações da população, a fim de que se possa trabalhar em conjunto". Ferretti enfatizou que a empresa "necessita ouvir as comunidades porque não tem outro objetivo senão atendê-las mas se o povo começar a quebrar trens ou colocar fogo fica difícil".

O assessor historiou a formação da CPTM, uma empresa de economia mista resultante da aglutinação de várias estradas de ferro. Segundo ele, "o que gerou essa fusão foi a deterioração que acabou ocorrendo em função da falta de investimentos. Agora, a CPTM vem investindo pesado em manutenção, recuperação e modernização, mas conta com poucos recursos, uma vez que o Estado tem também outras prioridades".

Competência

Ferretti ressaltou a existência de uma "lei federal que obriga as estradas de ferro a construir ligações entre as cidades que divide com o traçado de seus trilhos". Passada essa fase, com o crescimento dos municípios ao redor desse traçado, "criam-se novas necessidades e a lei estabelece que a ampliação é competência dos municípios, que devem apresentar um projeto à CPTM", afirmou Ferreti e completou: "Uma vez aprovado, esse projeto será levado a efeito pelos municípios, com a supervisão da CPTM nas áreas em construção, principalmente sob o ponto de vista da segurança". Ferretti declarou ainda que a CPTM "pela dificuldade de recursos, vem se concentrando em sua atividade fim, que é o transporte de pessoas".

alesp