Notas de Plenário


12/09/2005 18:30

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Três erres

Sobre a importância de o poder público apoiar medidas relacionadas ao meio-ambiente, Arnaldo Jardim (PPS) citou o projeto de lei que institui o programa estadual de destinação de resíduos sólidos, argumentando que para este ser eficaz, é preciso "utilizar os três erres: reduzir, reutilizar e reciclar o que for possível". O deputado relembrou do seminário promovido pelo Sinduscon, em 30/8, sobre ações para implantação do uso planificado da água. Além disso, o parlamentar falou sobre a necessidade de redução do volume do lixo gerado pela construção civil, de seis mil toneladas. "Haveria um impacto geral e economia de recursos públicos no Estado de São Paulo."

Números

Vanderlei Siraque (PT) defendeu novamente o voto pelo sim no referendo de outubro, pela proibição do comércio de armas de fogo no Brasil. Segundo ele, há uma epidemia de homicídios no país. Em 1992, havia cerca de 16 mil assassinatos no Brasil. Em 1998, o número passou a ser 30 mil, em 2003, 50 mil, e com o Estatuto do Desarmamento, o número se reduziu para 36 mil assassinatos em 2004. "É necessária a atuação da polícia para coibir o contrabando, apreender boa parte das armas clandestinas e prender os portadores". De acordo com o deputado, 78% desses assassinatos ocorrem entre pessoas que se conhecem, e muitos deles são crimes passionais. "O referendo vai impedir que pessoas de bem acabem se matando."

Conservação escolar

Simão Pedro (PT) referiu-se a uma tragédia ocorrida na véspera do feriado da semana passada, na escola estadual Diogo de Faria, na Zona Leste de São Paulo, em que uma parede caiu sobre duas crianças de 7 anos, resultando na morte de uma delas. O deputado visitou o local e constatou que o prédio tem quase 50 anos e que sua estrutura exige reforma. "Devem existir mais escolas com situação semelhante, prédios mal conservados." Por causa disso, o parlamentar propôs em ofício enviado à Secretaria de Educação uma averiguação sistemática em toda a rede escolar para que o Estado previna acontecimentos como esse.

Potencial turístico

Mauro Bragato (PSDB) registrou a abertura do I Encontro da Jornada de Desenvolvimento do Turismo Paulista, no dia 8/9, em Presidente Prudente. O deputado falou do importante potencial político existente no centro-oeste paulista e das reivindicações para que os municípios se transformem em estâncias turísticas. "Uma unidade da Unesp, instalada em Rosana, abriu cursos de Turismo e Hotelaria", informou. O objetivo do parlamentar é mostrar à população que com o turismo na região haverá melhora na renda per capita, e mais emprego.

Sensacionalismo

A prisão do ex-governador e ex-prefeito Paulo Maluf está sendo tratada de forma sensacionalista na mídia, segundo Conte Lopes (PP). "Que risco representa um homem de 70 anos, empresário? Para que algemar e mostrar na TV? É para humilhar?". Segundo ele, a palavra de um doleiro não serve como prova na prisão de alguém. "Estou cansado de ver circo da Schinchariol, da Daslu, de outros políticos e não dar em nada!". Por fim, o deputado falou sobre o assassinato da família japonesa na Zona Leste da cidade, que foi torturada antes de ser morta, e que apenas um bebê de 11 meses permaneceu vivo. "Se eles tivessem uma arma, teriam se defendido?", se perguntou, ao se referir ao não ao desarmamento.

Pelo menos para se defender

Antes de falar sobre o referendo sobre a proibição do comércio de armas, o deputado Ubiratan Guimarães (PTB) comentou a prisão do filho de Paulo Maluf e o comportamento estranho da Polícia Federal, que só o algemou quando as câmeras de televisão estavam ligadas. Frente ao referendo, criticou o gasto previsto para realizá-lo. "Uma fortuna" (R$ 700 milhões), despendida com um fato de pouca importância e que acredita não será aprovado. O Coronel Ubiratan disse que o cidadão deve ter o direito de ter arma pelo menos para se defender.

Parceria com empresas

Elogiando iniciativa do prefeito José Serra, o deputado Milton Flávio (PSDB) comentou a política de parceria com empresas que criou fundos adicionais para educação. Milton Flávio criticou algumas ONGs, que, ao seu ver, desconhecem a periferia e sua população sofrida, com extrema dificuldade para se alimentar ou se formar. Considerou como falso purismo a atitude dos que são contra a utilização de logomarcas nos uniformes e concluiu perguntando: "Logomarca incomoda mais que frio?"

Até eu!

Comentando o livro de Henrique Nogueira O direito de usar e portar armas, elogiado pelo Coronel Ubiratan, o deputado Vanderlei Siraque (PT) disse que o autor é comerciante de armas no Rio Grande do Sul, perito em balística e consultor de uma fábrica de armas e que, até ele, com esse currículo, seria contra o desarmamento. O deputado afirmou que no dia 22 de outubro votará no número dois (sim) e que, com o desarmamento, o Brasil deixará de gastar R$ 6,9 milhões nos hospitais com cidadãos baleados por armas de fogo, por acidentes, motivos fúteis ou crimes passionais.

alesp