Devido à falta de infra-estrutura especial destinada aos portadores de deficiência visual no Estado, o deputado Souza Santos, líder do PL na Assembléia Legislativa, protocolou projeto de lei de sua autoria obrigando todas as bibliotecas de administração pública ou privada, em São Paulo, a disponibilizar a máxima quantidade possível dos atuais recursos disponíveis para esses usuários.

De acordo com a proposta, as bibliotecas deverão ajustar meios óticos, técnicos, ambientais e complementares, objetivando o fácil alcance dos deficientes visuais às mesmas informações acessíveis às demais pessoas. A propositura cita, dentre os equipamentos e acessórios necessários, as lupas de mesa e manuais, lentes esféricas, impressora Braille, sintetizadores de voz, calculadora sonora, programas eletrônicos, conversores de textos, "livros falados", "livros digitalizados", livros escritos no método Braille, fones de ouvido, gravadores de fita K7 e CD, jogos adaptados no sistema Braille, equipamentos para cálculo e escrita, máquinas de escrever e teclados com teclas em Braille.

Segundo Souza Santos, a falta de iniciativas voltadas para a educação e qualificação profissional dessas pessoas é responsável pela insuficiência em seu desenvolvimento curricular. Outrossim, é habitual a preocupação por parte dos empregadores quanto à adaptação dos portadores desse tipo de deficiência no exercício de suas funções, temendo a dificuldade na integração com o restante do grupo de trabalho.

"Convém salientar que a criação de programas que integrem os deficientes visuais à convivência social é extremamente relevante, tendo em vista que os mesmos, ao serem incluídos de igual para igual em nosso meio, nos devolverão muito mais que gratidão; acumularão nossa sociedade de talentos, aptidões, habilidades, interesses e capacidade produtiva. Tanto quanto as demais pessoas, o portador de deficiência é dotado de inteligência e potencial, necessitando, apenas, de oportunidade para desenvolver suas qualidades", finalizou o deputado.



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