Os "Sonhos" de Emilio Yosimi Takita refletem um humanismo claro e transparente

Emanuel von Lauenstein Massarani
01/04/2003 15:16

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A globalidade do espaço é captada por Emílio Takita, através da plasticidade das formas e da luz e suas superfícies acolhem e assumem unicamente os instrumentos elaborados da cultura, da visão e da comunicação para transformar-se em obra de arte.

Para isso, nele multiplicam-se o momento técnico, o científico e o histórico, estritamente unidos num objetivo ideal e construtivo. Uma rápida análise sobre o conteúdo de suas obras ressalta um fator determinante: em nenhum caso uma sua pintura é gratuita do ponto de vista eminentemente técnico.

As formas e os motivos que o animam, são frutos de uma interpretação psicológica dos espaços que cria, das motivações que estimulam a fantasia e especulam sobre a habilidade do artista. São telas que respiram abstração geométrica, onde cores e traços se casam caminhando numa mesma direção.

Se suas obras perdem a semelhança com a realidade naturalística, elas não perdem absolutamente o seu valor de símbolo. Seu abstracionismo alcança uma espécie de contemplação de um espaço geometricamente equilibrado até a identificação da forma com a estrutura.

A imaginação de Takita é viva, realiza novos acostamentos, propõe contrapontos rítmicos, insere formas geométricas elementares sobre o campo da pintura e aplica sutis saliências cromáticas. Sua felicidade inventiva não é somente formal, pois o próprio papel da cor é determinante na formação de suas telas: a cor preenche os esquemas, os vivifica e os torna reais.

O seu tríptico "Sonho I, II e III", oferecido ao Acervo Artístico da Assembléia Legislativa, permanece como um perfeito exemplo de sua personalidade, de absoluta simplicidade, que aproxima o sentido existencial de Emílio Takita a um humanismo claro e transparente.



O Artista

Emílio Yousimi Takita, nasceu em São Paulo no ano de 1947. Artista autodidata, atua no campo da pintura, da colagem do mural e da escultura. Sua pintura de estilo abstrato dá ênfase às cores para exprimir suas emoções, utilizando os mais variados tipos de tintas, de materiais e de técnicas.

Participou de inúmeras exposições individuais e coletivas, notadamente na Telesp, Centro Cultural São Paulo, Grupo Vivência, Banco América do Sul, VII Semana de Psicologia, (1998); Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo, Prefeitura Municipal de Fukushima - (Japão), Prefeitura Municipal de Rykoji, Santos Gun - (Japão), Casa da Cultura Oriental, SP, Câmara Municipal de São Paulo, (1989); Casa da Cultura Francesa, Keio Plaza Hotel Tóquio - (Japão), Casa da Cultura, SP, (1990) Club Brasil (Japão), Sede do Rotary Clube de São Paulo, Câmara de Comércio Brasil - Alemanha, SP, Centro de Negócios de São Paulo, (1991); Mitsubishi Informática, SP, Ponto Chic Café, Ota, - (Japão), Centro de São Paulo, (1992); Kyoei Enterprise, Ota - (Japão), Centro de Negócios de São Paulo (1993); Trade Center, Casa Blanca, - (Japão), (1994); Casa do Ano 2001, SP, Hice - Centro Latino Americano, Hamamatsu - (Japão), (1996); Hospital Municipal de Fuji, Japão, (1997).

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