Fórum Legislativo de Desenvolvimento Econômico Sustentado faz reunião em Araçatuba, na sexta-feira, 17/10

Na pauta, o Plano Plurianual e o desempenho da Região Administrativa de Araçatuba, a partir dos resultados do IPRS
16/10/2003 22:02

Compartilhar:


DA REDAÇÃO

O Fórum Legislativo de Desenvolvimento Econômico Sustentado, órgão da Assembléia Legislativa, de caráter permanente, criado em setembro de 2003, realiza reunião em Araçatuba, na sexta-feira, 17/10, das 9 às 13 horas, no Auditório das Faculdades Integradas toledo, na Rua Jardim Sumaré, 595 - Jardim Sumaré.

O Fórum pretende reunir propostas de longo prazo para o crescimento econômico paulista, em cenário que prevê a superação dos problemas macroeconômicos atuais, e realizará audiências regionais para discutir as fragilidades de cada região administrativa e coletar informações específicas nas diversas áreas do Estado, que possam auxiliar no seu desenvolvimento.

Uma de suas primeiras atividades inclui a discussão do Plano Plurianual 2004/2007 e a do novo Índice Paulista de Responsabilidade Social (IPRS). Encomendado à Fundação Seade pela Assembléia Legislativa, o IPRS é um sistema de indicadores socioeconômicos referentes a cada município do Estado, que deverá servir como indicativo para a implementação de políticas públicas. O Fórum resulta de uma parceria da Assembléia Legislativa com a Fundação Prefeito Faria Lima/Cepam e o Núcleo de Economia Social, Urbana e Regional (Nesur), da Unicamp.

Socialmente bem

Análise do IPRS revela que a Região Administrativa de Araçatuba não preenche riqueza, mas oferece boas condições sociais aos seus moradores. A partir dos números exibidos pelo IPRS 1997-2000, em levantamento da Fundação Seade para a Assembléia Legislativa, a Região Administrativa de Araçatuba vive razoável situação de riqueza e muito boas condições de longevidade e escolaridade. "Trata-se de uma região que, mesmo não obtendo níveis de riqueza muito elevados, consegue proporcionar a seus habitantes condições de vida satisfatórias", diz o documento-síntese. As razões para isso concentram-se na elevada participação das atividades agropecuárias e da geração de energia elétrica na economia da RAA.

Como muitos outros municípios interioranos, o desenvolvimento de Araçatuba, no início do século XX, deveu-se à chegada da estrada de ferro. Até a década de 50, a pecuária foi sua principal atividade econômica, depois substituída, em grande parte, pela lavoura de cana-de-açúcar. Atualmente, a economia local é impulsionada tanto pela produção agropecuária como pelo desempenho industrial.

A Região Administrativa de Araçatuba compreende 43 municípios, onde vivem perto de 673 mil pessoas - é uma das regiões paulistas menos densamente povoadas, com 36,2 habitantes por quilômetro quadrado. As cidades com maior concentração populacional são Birigui (177,5 hab/km2), Araçatuba (144,8 hab/km2) e Penápolis (77,7 hab/km2). Trinta municípios da região possuem menos de 10 mil habitantes e, em vários deles, a população reduziu-se ao longo da última década. Com baixa densidade demográfica e pequeno crescimento populacional, os índices de saneamento são relativamente altos: nas densas cidades de Birigui, Araçatuba e Penápolis, mais de 97% dos domicílios são atendidos por abastecimento de água, captação de esgoto e coleta de lixo. Curiosamente, porém, os menores índices de saneamento encontram-se em municípios pequenos, com baixa densidade populacional.

Com uma população de 170 mil habitantes, Araçatuba é a sede da região e está no centro geográfico da hidrovia Tietê-Paraná, onde se localiza o Porto Fluvial Pio Prado. O município é servido pela linha tronco Bauru-Corumbá-Bolívia (antigo ramal da Rede Ferroviária Federal) e por um aeroporto regional. As principais indústrias pertencem aos setores frigorífico, metalúrgico, calçadista, moveleiro, laticínios, açúcar e álcool, confecções e instrumentos cirúrgicos. Birigui é um dos mais importantes municípios fabricantes de calçados infanto-juvenis, enquanto que Ilha Solteira dedica-se à pecuária, à agricultura (algodão e cereais) à geração de energia elétrica.

Riqueza, longevidade e escolaridade: a partir desses indicadores, o IPRS classifica a RAA de modo homogêneo e satisfatório. No grupo 1, que reúne boas performances nas três dimensões, situam-se dois municípios. No 3, com índices sociais satisfatórios, estão 31; no 4, localizam-se oito cidades. Finalmente no agrupamento 5, em que persistem más condições sociais e econômicas, encontram-se apenas dois municípios. O indicador agregado de riqueza mostra que a região cresceu entre 1992 e 1997, caindo no período recente. Vinte e quatro localidades, porém, apresentaram aumento deste indicador. Com exceção da taxa de mortalidade perinatal, a dimensão longevidade mostrou-se crescente ao longo de todo o período analisado e seu patamar está acima da média estadual (só sete municípios abaixo da média). Em escolaridade, a região situou-se em nível bastante superior ao do total do Estado, em todas as variáveis (ensino fundamental e médio, alfabetização juvenil e participação da rede municipal na oferta de vagas).

A Região Administrativa de Araçatuba tem quase 10 mil estudantes matriculados em seus sete estabelecimentos de ensino superior.

Mais informações sobre o Fórum e sobre o IPRS no site www.al.sp.gov.br - ícones IPRS e Fórum de Desenvolvimento

alesp