O deputado Milton Flávio (PSDB), o vice-prefeito de Botucatu, Waldemar Pereira Pinho " representando o prefeito Mário Ielo ", e o delegado Seccional de Botucatu, Tadeu Campos de Castro estiveram, no dia 3 de março, na Secretaria de Estado dos Negócios da Administração Penitenciária, em audiência com o secretário Nagashi Furukawa, para tratar da criação de um Centro de Detenção Provisória (CDP) e desafogar a cadeia de Botucatu, que está superlotada e ocupa os policiais do município em escolta, fazendo com que eles deixem de fazer investigações para acompanhar os detentos.O secretário disse desconhecer qualquer pedido neste sentido, que já teria sido enviado, conforme informação do delegado Tadeu, há mais de oito meses para a Secretaria de Segurança Pública. Conforme Furukawa, a criação do CDP é uma prerrogativa daquela Secretaria, que indica quais são as áreas prioritárias.Agilizar procedimentosMesmo sem saber se a Secretaria coloca Botucatu como prioridade para a construção de um CDP, Nagashi Furukawa disse que "para este ano, a construção é impossível, pois o orçamento já está comprometido com outras prioridades apontadas pela Secretaria de Segurança, como as regiões do Litoral Norte, Jundiaí e Baixada Santista". O secretário indicou, no entanto, que Botucatu agilize os procedimentos necessários para a construção do Centro.Conforme ele, é preciso saber qual o número de presos existentes, qual é a posição da Secretaria de Segurança com relação a esta construção e se a Prefeitura mantém mesmo o desejo em ter um CDP na cidade e está disposta a adquirir o terreno. "Se a Secretaria de Segurança colocar Botucatu como prioridade e se a Prefeitura doar o terreno, é possível lutar para que o CDP seja construído em 2006", disse o Secretário. A única despesa do município seria com relação ao terreno, cabendo o resto ao Governo do Estado, que desembolsa l5 milhões em média na construção de cada unidade.ContextoPara o deputado Milton Flávio, que agendou a audiência, "agora o delegado seccional tem de atualizar as informações na Secretaria de Segurança Pública e saber se o contexto é o mesmo de 8 meses atrás, além de buscar informações sobre qual a posição que Botucatu ocupa no grau de necessidade dentro do Estado para ter um CDP construído. Além disso, a prefeitura tem que levantar o terreno que será doado, e que deverá ter entre 3 e 4 alqueires, para abrigar toda a infra-estrutura necessária", disse ele. O deputado lembrou ainda que o terreno terá que ter as especificações exigidas pela Secretaria e que passará por vistorias dos técnicos e engenheiros antes de ser aprovado.gabmiltonflavio@al.sp.gov.br