Enriquecimento de urânio preocupa deputada


24/10/2003 17:45

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Da assessoria da deputada Maria Lúcia Amary

A deputada Maria Lúcia Amary (PSDB), integrante da Comissão de Cultura, Ciência e Tecnologia da Assembléia Legislativa, está preocupada com o anúncio feito na última segunda-feira, 06/10, pelo Governo Federal, de que será iniciada a produção industrial de urânio enriquecido.

"A princípio", disse a deputada "o governo tem a intenção de usar este combustível nas usinas nucleares de Angra 1 e 2, a partir do ano que vem, mas nada impede que o urânio enriquecido, em larga escala, venha a ser usado no Centro Experimental Aramar". O centro, localizado entre os municípios de Sorocaba e Iperó, pertence à Marinha e vem desenvolvendo projeto de submarino nuclear.

A deputada Maria Lúcia Amary está encaminhando pedido de informações sobre a tecnologia de ultracentrifugação, que permite o enriquecimento do urânio em escala industrial, ao Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (Ipen), com sede na Capital paulista, e ao Centro Tecnológico da Marinha de São Paulo.

Atualmente, o minério de urânio, extraído em Caitité (BA), é enriquecido no Canadá e em alguns países europeus. Técnicos das Indústrias Nucleares do Brasil (INB), empresa vinculada ao Ministério da Ciência e Tecnologia, estimam que o Brasil possa chegar a economizar cerca de US$ 19 milhões a cada 14 meses com o processo de enriquecimento.

"Agora, a preocupação inicial é saber em qual local este urânio será enriquecido e onde será utilizado", finalizou a deputada Maria Lúcia Amary.

mlamary@al.sp.gov.br

alesp