Deputada Prandi, o fim da Diretoria de Litoral da Sabesp e audiência com o secretário de Recursos Hídricos

Parlamentar entrou em contato com o secretário da Casa Civil, Rubens Lara, e pediu explicações sobre a decisão de acabar com a Diretoria de Litoral da Sabesp
02/12/2002 15:50

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DA ASSESSORIA

A deputada estadual Maria Lúcia Prandi (PT) está preocupada com o anúncio da extinção da Diretoria de Litoral da Sabesp, divulgada neste sábado, 28/11, pelo Governo do Estado. Diante da notícia, a parlamentar enviou ofício ao governador e ligou para o secretário da Casa Civil, Rubens Lara, cobrando explicações. Ficou acertada a realização de uma audiência, em data ainda não confirmada, entre a parlamentar e o secretário de Recursos Hídricos, Saneamento e Obras, Mauro Guilherme Jardim Arce, para discutir a questão.

"Não podemos permitir nenhuma medida que cause perdas à nossa região. Nesse encontro, quero saber exatamente o que levou a esta decisão e quais as conseqüências para a Baixada e o Litoral. Além disso, cobrarei um cronograma de obras e investimentos", afirma a parlamentar, destacando que a Assembléia Legislativa autorizou, em 2001, a celebração de um convênio entre o governo estadual e o Japan Bank International Cooperation (JBIC).

A parlamentar lembrou que esta parceria prevê US$ 300 milhões em investimentos no saneamento ambiental da região. "Com o fim da Diretoria de Litoral, estes investimentos serão mantidos? O cronograma de obras, que previa início de alguns serviços ainda neste ano, será cumprido? Qual será o canal da região junto à empresa para reivindicar obras e serviços?", questiona a deputada, destacando que estas indagações não podem ficar sem respostas claras por parte da estatal e do governo. Do secretário Lara, a parlamentar ouviu que "não haverá uma extinção, mas sim uma fusão das diretorias de Litoral e Interior, que não trará perdas à Baixada".

Conforme ressalta Maria Lúcia, a região ainda carece de muitos investimentos em obras para garantir a cobertura adequada do saneamento básico. "Por isso, a importância do cumprimento do estabelecido no convênio com o JBIC", reafirma Prandi, destacando que, num documento assinado pela chefia de gabinete da Sabesp, as obras começariam neste trimestre. "Não se tem notícia de que algo tenha começado. Por que o atraso? Existe alguma relação com a medida anunciada agora?", indaga a parlamentar.

No documento recebido, em junho, pela deputada Prandi, a Sabesp anunciava que estão previstas a implantação de mil quilômetros de rede coletora e a realização de 90 mil ligações domiciliares. Além disso, também serão construídas sete estações de tratamento e uma estação de pré-condicionamento com emissário submarino. A estação de pré-condicionamento de Santos terá sua capacidade ampliada para 5,5 metros cúbicos por segundo.

alesp