A deputada Edir Sales (PL) falou do veto do governador em exercício, Geraldo Alckmin, ao projeto de lei 891/1999, de sua autoria, que proíbe álcool na fórmula de fortificantes e estimulantes de apetite, normalmente ministrados a crianças, "projeto que foi aprovado por esta Casa, no final do ano passado, por unanimidade". A deputada lembrou que esses produtos chegam a ter 10% de álcool na fórmula. "A mãe dá o fortificante para a criança na certeza de que está criando um filho forte, mas está é criando um filho alcoólatra caso ele esteja nos 12% da população que tem a doença do álcool". Edir falou que ficou pasma com o veto: "O Geraldo Alckmin é médico. Sempre tive muito respeito por ele, mas está começando muito mal". A deputada levantou a hipótese de participação das multinacionais responsáveis pela fabricação dos produtos envolvidos no veto dado por Alckmin. "Ao aprovar o projeto, a Casa demonstrou sua independência", afirmou, criticando ainda a justificativa do veto, que diz que o PL é inconstitucional e atribui ao SUS a responsabilidade pelos medicamentos no Estado de São Paulo. Edir disse que está enviando o material para que a imprensa avalie o que aconteceu e mencionou diversos projetos aprovados pela Casa, que não foram vetados por Alckmin, e que a seu ver são inconstitucionais. "Espero que o veto seja derrubado pelo voto dos meus pares, demonstrando mais uma vez a independência do legislativo."