O deputado Carlos Giannazi (PSOL) denunciou na última sexta-feira, 20/4, no plenário da Assembléia Legislativa, ação da Polícia Civil no autorama gay do Parque do Ibirapuera, marcada por fortes indícios de homofobia, desrespeito e violência moral contra os freqüentadores daquele espaço.

Segundo relato de pessoas que foram agredidas, humilhadas e constrangidas pelos policiais " os quais diziam estar fazendo uma blitz para capturar traficantes de drogas e desmantelar possível prostituição infantil no local ", o que houve na realidade foi abuso de autoridade, excessos e um lamentável espetáculo de comportamento homofóbico por uma parte da corporação.

Durante o acontecimento, na madrugada de 20/4, Rubens Carsoni, assessor de Giannazi, foi acionado por membros da associação do autorama e compareceu ao local para tentar impedir as agressões feitas pelos policiais. "Mesmo com a minha chegada, representando um deputado estadual, o constrangimento continuou. Foi uma afronta à cidadania, à diversidade sexual e à legislação vigente no país", disse Carsoni.

Diante desse grave acontecimento homofóbico, Giannazi exigiu oficialmente do governador José Serra, do secretário da Segurança Pública e da Corregedoria da Policia Civil a abertura imediata de processo administrativo para que os culpados sejam punidos com rigor.

Na mesma tarde do dia 20/4, o parlamentar, junto com militantes do movimento GLBT, Rubens Carsoni, pessoas agredidas no autorama e representantes da Coordenadoria Municipal da Diversidade Sexual estiveram na Corregedoria da Policia Civil para acompanhar os depoimentos ao delegado corregedor.

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