Centros para inclusão digital em áreas carentes


05/11/2003 17:03

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Da assessoria da deputada Maria Lúcia Prandi

A deputada Maria Lúcia Prandi está propondo ao Governo do Estado a criação de centros para inclusão digital em áreas carentes da Baixada Santista. Em indicação protocolada na Assembléia Legislativa, a parlamentar expõe a idéia diretamente ao governador Geraldo Alckmin. Além de proporcionar o conhecimento em informática e internet, áreas essenciais para inserção no mercado de trabalho, estes núcleos também são elementos fundamentais para o desenvolvimento do entorno e para a redução da violência.

"Com a consolidação da internet e da informática, vias elementares para a comunicação mundial, conhecer estas tecnologias deixou de ser opção e tornou-se uma necessidade elementar para os cidadãos. Cada vez mais, empresas e escolas exigem conhecimentos nessa área, colocando à margem do mercado de trabalho aqueles que não possuem estas informações", enfatiza a deputada, que também apresentou emenda ao Orçamento para 2004.

Conforme ressalta Maria Lúcia, a falta de acesso a estas tecnologias e à informação aumenta ainda mais o abismo existente entre pobres e ricos, sendo a mais nova face da exclusão social. "Incluir uma pessoa digitalmente não significa apenas permitir que ela tenha acesso a um computador e à rede mundial. É também, e acima de tudo, capacitá-la", acrescenta a parlamentar.

A proposta se baseia numa experiência desenvolvida com sucesso pela Prefeitura de São Paulo. Desde 2001, está em andamento na Capital um Plano de Inclusão Digital, que tem como principal alicerce a implantação de telecentros, espaços onde computadores são disponibilizados para a livre utilização da comunidade. Atualmente, já funcionam 86 telecentros e outros 70 estão em fase de implantação.

As unidades possuem de 10 a 20 computadores e cada usuário pode acessar de 30 minutos até 1 hora, dependendo da demanda daquela unidade. Com a utilização de softwares livres (como o GNU/Linux), que podem ser obtidos gratuitamente, é possível viabilizar a implantação dessas unidades a um baixo custo.

Durante o período de acesso, o usuário tem liberdade para navegar, realizando pesquisas, lendo notícias, participando de salas de bate-papo e jogando online. Além disso, pode digitar documentos e currículos, enviar mensagens, participar de oficinas de criação de páginas e de projetos culturais, aproveitando todos os recursos da rede. A única restrição é aos conteúdos pornográficos.

Cada Telecentro, tem um conselho gestor formado e eleito por membros da comunidade local. "Os levantamentos apontam que esse sistema de gerenciamento inibe ações depredatórias. Vou centrar esforços para que o Governo do Estado invista neste projeto", conclui Prandi.

mlprandi@al.sp.gov.br

alesp