Da assessoria da deputada Maria Lúcia PrandiA deputada Maria Lúcia Prandi (PT) definiu a rebelião ocorrida na manhã da quinta-feira, 22/9, na cadeia pública de Guarujá, como uma tragédia anunciada, sem qualquer providência do governo estadual para impedi-la. Foi o segundo levante na ala adulta num intervalo de 45 dias. Na sexta-feira, 16/9, também houve uma fuga de sete adolescentes autores de atos infracionais.A deputada solicitou uma audiência com o secretário estadual de Administração Penitenciária, Nagashi Furukawa, para saber o estágio das negociações visando à construção de um Centro de Detenção Provisória (CDP), na cidade.Conforme recorda Maria Lúcia, a prefeitura já ofereceu uma área para implantação do CDP. À época, em documentos encaminhados ao governador Geraldo Alckmin e ao secretário de Segurança Pública, a parlamentar já apontava que a cadeia instalada no 1º Distrito Policial de Guarujá era um barril de pólvora, prestes a explodir, e que o risco de rebeliões era iminente.As denúncias da deputada Prandi feitas em novembro do ano passado, chegaram a provocar uma vistoria por parte de integrantes da OAB, do Conselho Comunitário de Segurança (Conseg) e da Pastoral Carcerária. "O grupo comprovou que a situação já era insustentável. Nem assim, foi possível sensibilizar o governo do Estado, que se manteve inerte diante de todos os alertas", acrescenta Maria Lúcia. Com capacidade para 60 presos, a cadeira abriga hoje 300 homens.Na segunda-feira, 19/9, Prandi também voltou a cobrar do governo paulista a urgente instalação de um Núcleo de Atendimento Integrado (NAI), em Guarujá. A reivindicação foi reiterada em razão da fuga ocorrida na sexta-feira, 16/9, quando sete adolescentes infratores conseguiram escapar. mlprandi@al.sp.gov.br