Da Tribuna


16/06/2009 20:00

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Descaso do governo

"Não tenho a menor dúvida que a esmagadora maioria de deputados estampa no seu projeto de governo como coisas fundamentais para qualquer sociedade a educação, a saúde e a segurança", disse Olimpio Gomes (PV), para quem o governo paulista trata com descaso essas áreas vitais. "Temos hoje um ensino de péssima qualidade, não por causa dos educadores, mas sim dos gestores, que são muito ruins", afirmou o parlamentar, comentando ainda os livros pornográficos que foram distribuídos para alunos da 3ª série. "Há uma minoria nesta Casa defendendo interesses dos servidores públicos", ressaltou Gomes, que criticou a forma de ação do governador José Serra. (MC)

Desvalorização da educação

Como diretora da Apeoesp, Maria Lúcia Prandi (PT) disse que conhece o processo de desvalorização da educação no Estado de São Paulo. "Hoje a escola pública continua viva por conta do compromisso dos educadores", pronunciou. De acordo com a deputada, o secretário de Educação quer, além do concurso, uma formação continuada e posterior avaliação. "A Constituição determina concurso de provas e títulos", disse. E respondeu a Milton Flávio: "Não podemos passar para a opinião pública que os professores não querem ser melhor preparados. Não é possível que se tenha avaliação dos professores e não tenha de quem elabora a política educacional de maneira autoritária". (MC)

Educação no Brasil

Para Antonio Mentor (PT), o conceito de educação continuada não pode ser transformado em aprovação automática e as salas de aula devem ter no máximo 35 alunos para que o professor possa acompanhar o desenvolvimento de todos. "A educação é prioridade estabelecida pelo governo do PT, que atende hoje 545 mil estudantes", afirmou. Segundo ele, mais de meio milhão de estudantes são atendidos pelo ProUni, e a quantidade de vagas nas universidades federais nos últimos seis anos dobrou. Mentor falou ainda sobre o projeto que garante um piso salarial de R$ 950. "Vai atender 37% dos professores na rede pública", completou. (MC)

Avaliação dos professores

Para Milton Flávio (PSDB), é importante ouvir aqueles que não concordam. "Há 14 anos faço debate na Assembleia e não será agora que vou me ausentar de um debate tão importante sobre um assunto que prezo muito, a educação", afirmou. O deputado declarou não ter dito em nenhum momento que os professores não querem fazer curso de formação, mas sim que não querem depois ser avaliados. "Quando fiz minha residência médica era avaliado", defendeu. Para ele, Mentor e Prandi colocaram professores em condição de inferioridade. "Eu não acho que os professores não tenham competências e qualidades", assegurou. (MC)

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