Eu voto SIM, pela cultura da paz", diz Figueira sobre referendo de domingo


21/10/2005 16:44

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No próximo domingo, dia 23 de outubro, o deputado estadual Fausto Figueira (PT) vai votar SIM no referendo sobre a proibição da comercialização de armas e munição no Brasil. Para ele, esta será a oportunidade de todos os brasileiros aptos a votar dizerem SIM à cultura da paz. "Proibir a venda de armas de fogo é apenas um passo nessa direção, mas a manifestação inequívoca da sociedade nas urnas é muito mais do que isso. É a confirmação de que o Brasil não se conforma com a transformação de suas cidades em palcos de guerra e que está firme na luta pela construção de um Estado cada vez mais democrático, moderno e voltado para a defesa da vida de todos os seus cidadãos", defendeu o parlamentar.



Figueira ataca o argumento de que o desarmamento torna ainda mais vulneráveis os cidadãos honestos, que adquirem legalmente as suas armas: "É uma falácia. Não podemos aceitar a idéia de que cada pessoa tenha que garantir à bala a sua própria segurança. Esta seria a lei da selva e, nesse ambiente, as vítimas são sempre os mais fracos. Numa sociedade civilizada, o Estado tem o dever de garantir a segurança do cidadão. Este é o único foco democrático para o debate sobre como enfrentar a violência e a criminalidade".



"A melhor defesa do cidadão ameaçado pela violência é a prevenção, a repressão implacável da polícia e a certeza de que a Justiça será feita. Mais ainda do que tudo isto, é imprescindível que todos os brasileiros tenham acesso à educação, aos serviços de saneamento e de saúde, ao mercado de trabalho", afirmou Figueira, que defende melhores remuneração, capacitação e condições de trabalho para as polícias, um Poder Judiciário mais eficaz e a construção de um novo modelo penitenciário, como formas eficazes de combate à violência.



"As mortes por armas de fogo atingem principalmente jovens entre 10 e 29 anos, mais do que doenças como o câncer ou a Aids, e superam os acidentes de trânsito em número de vítimas. O índice de menor expectativa de vida no Estado de São Paulo é o da Baixada Santista e a razão é a morte precoce por arma de fogo", comentou Fausto. Recentemente foram divulgados dados de uma pesquisa do Ministério da Saúde mostrando que em 2004 o Brasil teve 36.091 mortos por armas de fogo, contra 39.325 pessoas em 2003, uma redução de 8,2% no índice nacional de mortalidade por armas.



Ainda de acordo com esta pesquisa, a redução foi verificada em 18 estados e o Ministério da Justiça relacionou essa redução com a Campanha do Desarmamento, que já retirou de circulação quase meio milhão de armas. As maiores quedas nos índices de homicídios em 2004 ocorreram nos estados em que a campanha apresentou maior adesão.

fausto@faustofigueira.com.br - www.faustofigueira.com.br

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