Parlamentar cobra obras complementares no sistema Anchieta-Imigrantes


27/01/2006 15:55

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A deputada Maria Lúcia Prandi (PT) está cobrando agilidade do governo estadual na realização das obras complementares à construção da segunda pista da Rodovia dos Imigrantes. Em documentos enviados ao secretário de Transportes do Estado, Dario Rais Lopes, a parlamentar quer a definição de prazos objetivos para execução dos serviços e indaga o que vem emperrando a concretização das obras, já que, quatro anos após a construção da estrada, nada foi feito.

Prandi tomou a iniciativa diante da inércia do Palácio dos Bandeirantes na adoção de medidas para pôr fim aos grandes congestionamentos que se repetem nas estradas que cortam a Baixada Santista a cada feriado prolongado e nas temporadas de verão. "É uma tragédia que já estava anunciada antes mesmo da construção da segunda pista. E o Estado se mantém de braços cruzados, enquanto moradores e turistas são sacrificados", enfatizou a deputada.

Conforme recordou a parlamentar, as obras complementares faziam parte do pacote de concessão do Sistema Anchieta-Imigrantes. "Entretanto, diante da pressão dos grupos interessados, várias destas obras foram retiradas do edital para tornar a concessão mais atraente à iniciativa privada. E o Estado assumiu o compromisso de fazê-las. Mas até hoje, nada!", ressaltou Maria Lúcia.

Entre as obras complementares, a parlamentar destaca a necessidade da construção de duas vias de saída para o Litoral Sul e a Capital, no trecho da Rodovia dos Imigrantes, entre São Vicente e Praia Grande. Incluindo viadutos, pontes e adaptação de linhas férreas, o projeto chegou a ser orçado em 2002 quando os custos foram estimados em R$ 100 milhões. "O próprio secretário Dario Rais Lopes afirmou que o processo licitatório seria concluído ainda no primeiro semestre de 2003. Como se vê, nada aconteceu", afirmou a deputada Prandi.

Segundo a parlamentar, a situação só não é pior, porque a Prefeitura de Praia Grande investiu praticamente sozinha na implantação da Via Expressa Sul, substituindo o antigo Acesso 291. "Ao longo dos anos, fiz diversos apelos ao governo estadual para que fizesse a duplicação daquele trecho. Foram audiências, indicações e emendas ao Orçamento, entre outras ações. Mas o Estado permaneceu de costas para esta importante obra, praticamente não destinou recursos. Só que na hora de cortar a fita, o governador veio", frisou a deputada.

A deputada Prandi recordou, ainda, que parte das obras complementares continua sob responsabilidade da Ecovias e o governo estadual, como poder concedente, deve ser firme na cobrança do cumprimento dos prazos. "Em alguns casos, o Poder Público deveria negociar até mesmo uma antecipação de metas", acrescentou. A parlamentar afirmou que há problemas de congestionamentos também no acesso entre as rodovias Cônego Domênico Rangoni e Rio-Santos. Nesse ponto, deveria ser construído um viaduto, eliminando o semáforo que atualmente controla o fluxo de veículos entre as duas rodovias. "Já há inclusive marquises dessa obra construídas há muitos anos e abandonadas no meio do mato". Outro elevado deveria ser construído na entrada de Vicente de Carvalho, acabando com um cruzamento que já foi apelidado de "trevo da morte".

Para evitar que os acidentes continuassem acontecendo no local, há cerca de cinco anos, a deputada Prandi e lideranças comerciais se reuniram com a presidência da Ecovias, conseguindo a instalação de um semáforo. "A medida é paliativa, porque a solução definitiva virá com a construção do elevado, o que está prometido para acontecer só no final da década", concluiu a parlamentar.

mlprandi@al.sp.gov.br

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