O VOTO EM TRÂNSITO E O USO DOS BANCOS - OPINIÃO

Afanasio Jazadji*
28/08/2000 16:06

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O Brasil está na contagem regressiva para as importantes eleições de 1.º de outubro, as primeiras totalmente informatizadas em nosso país. Ou seja, cerca de 107 milhões de eleitores usarão 354 mil urnas eletrônicas para escolher 5.549 prefeitos e 57.316 vereadores, de Norte a Sul no território nacional: acabou a cédula de papel. No Estado de São Paulo, a informática será utilizada nos 645 municípios, tornando rápida a apuração. Nada mais válido do que recorrer ao avanço da tecnologia em benefício da consolidação da democracia. Algumas pessoas de lugares distantes poderão ter problemas ao usar a urna eletrônica pela primeira vez, mas a mudança traz vantagens. Algo mais precisa ser alterado. Uma vez que o Congresso Nacional está discutindo propostas de reforma do sistema eleitoral e partidário com vistas às eleições gerais de 2002, recorri à minha condição de deputado estadual mais votado do país em todos os tempos para obter da Assembléia Legislativa de São Paulo a aprovação de uma moção por mim elaborada, encaminhada ao presidente de Senado, Antonio Carlos Magalhães, e ao presidente da Câmara dos Deputados, Michel Temer, com duas sugestões de mudanças: a volta do voto em trânsito, que existia até os anos 60, e a utilização de agências bancárias como locais de votação. A legislação precisa mudar. É um absurdo não permitir o voto de quem está longe da cidade em que foi registrado como eleitor: a informática pode ajudar. Além disso, se existem bancos e todas as cidades, por que não usá-los como locais de votação para as pessoas em trânsito? O mundo mudou, o Brasil também. É preciso aprimorar as eleições.

*Afanasio Jazadji é radialista e deputado estadual pelo PFL.

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