Entidades e movimentos sociais lançarão nesta quarta-feira, 15/02, o Movimento Nacional pelo Respeito e Valorização da Diversidade. O Ato Público terá início às 19 horas, no Auditório Franco Montoro. A iniciativa é uma reação da sociedade civil à escalada de violência, racismo e intolerância desencadeada por grupos que difundem a discriminação, o preconceito e o ódio na internet. Segundo seus organizadores, o objetivo é propor uma discussão nacional e desenvolver ações pacíficas de combate a esses grupos. Durante o ato, que está sendo organizado pela Comissão de Direitos Humanos da Assembléia Legislativa e pela Comissão do Negro e Assuntos Antidiscriminatórios da OAB/SP - Conad, será feita a leitura do documento "Carta de São Paulo pelo respeito às diferenças".Os ataques sofridos pela Afropress - Agência de Afroétnica de Notícias, que teve seu site tirado do ar em pelo menos quatro oportunidades, e o julgamento do estudante Marcelo Valle Silveira Mello, processado pelo Ministério Público do Distrito Federal por manter sites e mensagens racistas na Internet, motivaram a criação do movimento. Para o presidente da Comissão de Direitos Humanos, deputado Ítalo Cardoso (PT), "os grupos que pregam o ódio e a intolerância precisam ser investigados e acompanhados sistematicamente. O parlamentar diz que a comissão recebeu várias denúncias de sites e de comunidades no Orkut que pregam o ódio e o extermínio de homossexuais, de negros, judeus, árabes e nordestinos. "Desde 2003 encaminhamos denúncias para investigação. Uma das organizações denunciadas foi a Imperial Klans do Brasil, que seria a representante da Ku Klux Klan em nosso país e que defende a supremacia da raça branca. As investigações levaram à descoberta de um jovem autodenominado "Brother Marcos", residente do bairro de Santo Amaro, na zona sul da capital. Naquela ocasião, o Ministério Público Federal e a Polícia Federal apreenderam dois computadores, impressoras, documentos e impressos com conteúdos racistas e nazistas". Ítalo Cardoso destaca o empenho da Comissão do Negro e Assuntos Antidiscriminatórios da OAB/SP, que não tem poupado esforços para aglutinar o maior número possível de entidades ao movimento. "Esse movimento nasce sob a inspiração dos companheiros e companheiras que integram essa Comissão". italopt@uol.com.br