DA REDAÇÃO Recente matéria veiculada pela Rede Globo de Televisão apresentou um suposto policial militar, não identificado, fazendo declarações gravíssimas sobre irregularidades praticadas por integrantes da corporação. Extermínio, uso de drogas e outras práticas criminosas foram apontadas pelo entrevistado como práticas comuns.A Comissão de Segurança Pública da Assembléia Legislativa, presidida pelo deputado Romeu Tuma (PPS), decidiu nesta quarta-feira, 11/6, convidar o diretor de jornalismo de São Paulo, repórter e cinegrafista da Rede Globo, responsáveis pela matéria jornalística em questão, para prestarem esclarecimentos e identificar o denunciante. O requerimento foi feito pelo deputado Afanasio Jazadji (PFL), para quem "as declarações do pseudo policial militar são estarrecedoras e deixam sob suspeição a PM de São Paulo". Por isso, entende o parlamentar, a emissora não pode se furtar a revelar a identidade do entrevistado - que disse ter assassinado mais de 120 pessoas - sob pena de poder ser considerada conivente com um criminoso.Da mesma forma, será convidado pela comissão o jornalista do Diário de S. Paulo que assinou matéria revelando denúncias do mesmo gênero feitas por outro suposto policial militar identificado como PM X. Segundo o deputado Conte Lopes (PP), o policial foi identificado, encontra-se preso, e deve ser ouvido pela comissão.Contra a PiratariaOutra decisão da Comissão foi o adiamento da votação do requerimento do deputado Romeu Tuma, de constituição de uma subcomissão destinada a acompanhar e investigar a pirataria e contrabando de CDs e softwares. Os membros da comissão entenderam por ouvir primeiramente o delegado titular da Delegacia de Combate à Pirataria, Artur Moreira, para depois então se deliberar sobre a pertinência da criação de uma subcomissão. Segundo o deputado Afansio Jazadji, o delegado Artur Moreira é um grande conhecedor do assunto direitos autorais, além de ser compositor. Há apenas 15 dias no cargo, Moreira já realizou grande apreensão de produtos de pirataria.