CPI ouve noiva de investigador que apurava conexão Atibaia


28/06/2000 13:06

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A CPI do Narcotráfico continua apurando a morte de Luciano Sturba, assassinado em 20 de maio passado. Luciano era investigador do Denarc e assessorava a CPI nos trabalhos sobre a conexão Atibaia, uma suposta rede de transporte de drogas em aviões de empresários daquela cidade. Hoje os deputados ouviram o depoimento de Maria Cristina Caderno, noiva de Luciano durante nove anos e sócia dele na empresa de táxi aéreo Luma, e se espantaram ao saber que ela não foi procurada até hoje pela polícia, para depor sobre a morte do investigador.

Cristina trouxe poucas informações à CPI sobre o trabalho de investigação que Luciano realizava. "Ele era muito reservado", disse. Ele fez um resumo das atividades e da formação da Luma. Segundo Maria Cristina, a empresa era proprietária de apenas uma aeronave. Quando Luciano foi morto, o aparelho passava por uma revisão na oficina Cheyenne, no aeroporto de Atibaia, próxima ao hangar pertencente a Odarício Quirino Ribeiro, apontado como um dos membros da conexão Atibaia. Há informações de que Luciano efetuaria a prisão de Odarício e de José Gomes Filho, dono de oficina que também ligado ao transporte de drogas, no dia seguinte ao de sua morte. Gomes foi preso no início de junho e Odarício continua foragido.

A CPI está ouvindo neste momento o empresário Sérgio Koizimi, que também foi sócio de Sturba na Luma.

alesp