BANCO DO POVO: CORRIGINDO ANTIGAS DISTORÇÕES

*Ary Fossen
16/06/2000 17:38

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Não há prefeito no Estado de São Paulo que não queira ver o Banco do Povo em sua cidade. O projeto, do governo social-democrata de Mário Covas, desenvolvido pela Secretaria do Emprego e Relações do Trabalho do Estado de São Paulo é a chance que muita gente procurava. É a oportunidade de vencer na vida construindo seu próprio negócio. Em breve, muito breve, Jundiaí terá a sua unidade do Banco do Povo. Nossa cidade estará ao lado de outros 40 municípios, onde já foram assinados 2.900 contratos e 10.500 pessoas foram beneficiadas. Não é só isto: o Banco do Povo já gerou 1.800 empregos. Até 30 de abril último foram emprestados R$ 6 milhões. Os empréstimos vão sempre de R$ 200 a R$ 5 mil. Mas, como funciona o Banco do Povo? A idéia é simples e muito bem executada pelo secretário Walter Barelli. O banco é uma alternativa de crédito para empreendedores de pequenos e micro negócios. Financiamento é uma coisa complicada. Os bancos comuns não os realizam com facilidade, principalmente se o interessado não tiver garantias, bens. Em outras palavras, os pobres não conseguem financiamentos para realizar seus sonhos. São tantas exigências, são tantos os papéis, que acabam desistindo do crédito. São condenados a permanecer na vidinha de sempre. O secretário Barelli faz sempre um comentário inteligente sobre esta antiga distorção. Afinal, são os pobres que mais precisam de financiamentos e os que menos conseguem. Os ricos, por possuírem garantias, não enfrentam grandes problemas para obter mais dinheiro através de créditos. O comentário do secretário é esclarecedor: pobre paga bem? Barelli sabe bem o que está falando. A população de baixa renda honra seus compromissos. Paga em dia as contas da mercearia, do açougue, da quitanda. E não é diferente quando recebe um financiamento para abrir o próprio negócio. A costureira, que pôde comprar sua máquina; o jardineiro que adquiriu seu equipamento, através do Banco do Povo, pagam o que foi combinado e no dia certo. Caso contrário, o projeto do Banco do Povo seria um fracasso. Costumo dizer que as boas notícias não ganham as manchetes dos jornais. O Banco do Povo não é divulgado pela grande imprensa com a freqüência que deveria. Não faz mal. Quem teve a oportunidade de começar vida nova com o financiamento sabe o quanto ele é importante.

Ary Fossen é deputado estadual pelo PSDB.

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