Estamos comemorando hoje - 18 de outubro - o Dia do Médico, profissional de saúde que dedica boa parte de sua vida a salvar outras vidas. Apesar de todas as dificuldades enfrentadas no ambiente de trabalho, como instalações inadequadas, falta de equipamentos e baixos salários, nós, médicos, ainda temos motivos para comemorar essa data tão especial.

Aproveitamos para anunciar recentes conquistas para Bauru e região na área da Saúde. Conseguimos viabilizar junto ao governo do Estado a retomada das obras do Hospital Regional de Bauru, paralisadas há quase 10 anos, no núcleo Geisel, próximo à Unesp. Trata-se do maior investimento dos últimos anos em Bauru : R$ 57 milhões, o equivalente à metade do orçamento anual do município. É o maior complexo hospitalar do Estado de São Paulo, com 450 leitos, gerando novos empregos para a classe médica e beneficiando os pacientes mais carentes.

Também temos que comemorar a inauguração do Instituto de Câncer de Mamas, na Maternidade Santa Isabel, em Bauru. Trata-se de um centro especializado no diagnóstico precoce e no tratamento dessa grave doença que atinge uma em cada dez mulheres. É mais um importante investimento social do governo do Estado, que valoriza os profissionais de saúde e beneficia milhares de pacientes de nossa região.

Aproveito a data para fazer algumas reflexões sobre a nova realidade dessa ainda tão almejada profissão de médico, símbolo de quem trabalha diariamente para dar esperança de vida a milhares de pacientes anônimos doentes. Uma das maiores dificuldades que enfrentamos na vida é construir uma reputação, um nome, uma imagem, ou seja, merecer crédito, ser digno de confiança, ter prestígio e o respeito de nossos pacientes, dos colegas e da própria sociedade. Para ser bem sucedido nessa tarefa, o primeiro passo é ter competência profissional e ética. Uma formação universitária bem feita. seguida de residência médica, com contínuo aperfeiçoamento, garantem qualidade no trabalho médico.

O maior divulgador do médico é o paciente satisfeito, cada vez mais consciente de seus direitos e mais exigente. Atualmente, o médico não pode ser apenas um bom técnico para desempenhar suas atividades. Ele deve saber se comunicar bem com sua clientela, deve ter boa postura e deve ser atencioso. Nós, médicos, às vezes nos voltamos para a qualidade clínica dos nossos serviços e damos menos importância ao atendimento humanizado. Apesar de ser uma atividade grandemente estressante, o médico sempre deve preocupar-se com a relação interativa.

Ao médico, não há limites para tomar iniciativas de cunho social, que só irão conquistar espaços no coração e na mente dos pacientes. Não há provas de que ser humanitário e preocupado com a ajuda ao próximo sejam medidas que não tragam retorno em termos de credibilidade ou satisfação pessoal.

Devemos estar sempre preocupados com a reputação - nossa meta é a busca constante do aperfeiçoamento e fidelidade por parte dos nossos pacientes.

Atuando com ética, responsabilidade social e relacionamento humanitário, tenho plena convicção de que nós, médicos, teremos uma carreira brilhante e o merecido respeito e reconhecimento da população. Parabéns aos dedicados profissionais que trabalham diariamente para salvar vidas !

*Pedro Tobias é médico e deputado pelo PSDB