Opinião - Trem expresso avança


13/03/2012 09:58

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Um importante avanço foi dado para o trem expresso que vai revolucionar o transporte entre as cidades que compõem a Aglomeração Urbana de Jundiaí e a capital. Com estudos adiantados, o projeto é a cartada certeira do governador Geraldo Alckmin para dar início à recuperação do sistema ferroviário do Estado de São Paulo. Do outro lado do trilho, há o trabalho do secretário estadual dos Transportes Metropolitanos, Jurandir Fernandes, que na semana passada anunciou que a nova linha será independente do atual ramal e está em fase de finalização de edital e de aprovações ambientais.

Por dia serão transportadas cerca de 20 mil pessoas, uma necessária contribuição para reduzir o grande número de veículos que seguem diariamente pelas rodovias Anhanguera e Bandeirantes. Também diminuirá a circulação dos ônibus fretados que saem de diversas cidades da nossa região e ficam parados pelas ruas da capital. Recentemente a Ciesp publicou um artigo nos jornais dizendo que perto de 14 mil a 15 mil veículos deixarão de transitar no sistema Anhanguera/Bandeirantes, fazendo o ponto de referência. Com o expresso em funcionamento, a possibilidade é que esses ônibus conduzirão o usuário até a estação de trem, ele embarcará e no final do dia retornará com a condução o aguardando. Economia de tempo e sem falar no conforto de ter utilizado um transporte rápido, afinal a previsão é que a viagem será de 25 minutos.

O benefício da execução do trem expresso de Jundiaí contempla, além de reduzir a quantidade da frota no sistema Anhanguera/Bandeirantes, o bolso do trabalhador. Hoje, o usuário paga para se locomover de trem da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), em viagem que dura em média uma hora e meia, a tarifa de R$ 3. Pelo transporte rodoviário, R$ 12,50, com duração que pode chegar a duas horas, de acordo com o fluxo de veículos. O diferencial também está atrelado na integração com o metrô, a exemplo do que ocorre com a CPTM, o que gera uma economia maior ao usuário e interliga diversas regiões da capital. O expresso terá tarifa acessível, como deve ser quando o objetivo da política é pelo bem comum e um marco no projeto da Aglomeração Urbana de Jundiaí. O usuário vai embarcar em Jundiaí e quando chega a São Paulo faz a baldeação para o metrô sem pagar a utilização deste serviço. Uma grande economia.

O trem expresso atenderá às necessidades do público, pois poderá ser viabilizado muito mais rápido. Diferente do trem-bala, que patina para começar a colocar os trilhos no chão. A concepção do projeto do expresso está "madura" e totalmente funcional com termo de referência, com uma execução estimada em 24 meses. O Estado de São Paulo estará à frente do caos do sistema de metrô de cidades como Recife, Belo Horizonte e Rio de Janeiro. Portanto, boa viagem quando embarcar no trem expresso Jundiaí com destino a São Paulo.



*Ary Fossen é economista e ex-prefeito de Jundiaí (2005-2008); atualmente é deputado estadual pelo PSDB em sua 3ª legislatura.

alesp