No terceiro painel, o tema debatido foi "Instrumentos de apoio à Produção e à Competitividade: Áreas de Cooperação Sanitária e Técnico-Científica".Miguel Terraglia, do Servicio Nacional de Sanidad (Senasa), explicou o papel do órgão na fiscalização da produção animal e vegetal. O Senasa é responsável pela emissão de certificados de qualidade na Argentina. O expositor Marcelo Ballerio, também argentino, disse que 90% das contaminações da carne ocorrem durante o processo de acondicionamento e de distribuição. "O produto pode sofrer contaminações por componentes químicos, físicos ou microbiológicos (próprios dos animais ou agregados dos operários)", esclareceu Ballerio.A representante brasileira, Flávia de Mello Bliska, pesquisadora científica do Centro de Tecnologia de Carnes, disse que a Agência Brasileira de Cooperação permite o compartilhamento, entre países da América do Sul, de experiências para o desenvolvimento da produção de carne. "A Agência fornece instrumentos para projetos, através de treinamento de pessoal, infra-estrutura complementar e apoio especial."Flávia Bliska salientou que o Ministério das Relações Exteriores estabelece diretrizes para projetos que promovam relações políticas e econômicas entre os países parceiros. "As ações da Agência visam apoiar experimentos entre os dois países no que se refere ao sistema de qualidade da carne, mediante a identificação e o monitoramento de componentes químicos, a constatação de maciez e cor da carne e da apreciação de novas tecnologias de produção, abate, transporte e estocagem."A representante lembrou ainda que a Agência Paulista de Agronegócios, ligada à Secretaria de Agricultura e Abastecimento, também pode coordenar ações conjuntas para desenvolvimento da produção bovina.