Agência Brasileira de Cooperação permite compartilhamento de experiências


29/08/2000 18:01

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No terceiro painel, o tema debatido foi "Instrumentos de apoio à Produção e à Competitividade: Áreas de Cooperação Sanitária e Técnico-Científica".

Miguel Terraglia, do Servicio Nacional de Sanidad (Senasa), explicou o papel do órgão na fiscalização da produção animal e vegetal. O Senasa é responsável pela emissão de certificados de qualidade na Argentina.

O expositor Marcelo Ballerio, também argentino, disse que 90% das contaminações da carne ocorrem durante o processo de acondicionamento e de distribuição. "O produto pode sofrer contaminações por componentes químicos, físicos ou microbiológicos (próprios dos animais ou agregados dos operários)", esclareceu Ballerio.

A representante brasileira, Flávia de Mello Bliska, pesquisadora científica do Centro de Tecnologia de Carnes, disse que a Agência Brasileira de Cooperação permite o compartilhamento, entre países da América do Sul, de experiências para o desenvolvimento da produção de carne. "A Agência fornece instrumentos para projetos, através de treinamento de pessoal, infra-estrutura complementar e apoio especial."

Flávia Bliska salientou que o Ministério das Relações Exteriores estabelece diretrizes para projetos que promovam relações políticas e econômicas entre os países parceiros. "As ações da Agência visam apoiar experimentos entre os dois países no que se refere ao sistema de qualidade da carne, mediante a identificação e o monitoramento de componentes químicos, a constatação de maciez e cor da carne e da apreciação de novas tecnologias de produção, abate, transporte e estocagem."

A representante lembrou ainda que a Agência Paulista de Agronegócios, ligada à Secretaria de Agricultura e Abastecimento, também pode coordenar ações conjuntas para desenvolvimento da produção bovina.

alesp