Espaço Cultural V Centenário expõe acervo do Museu Penitenciário


26/06/2000 17:52

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Parte do acervo do Museu Penitenciário de São Paulo está em exposição no Espaço Cultural V Centenário, da Assembléia Legislativa. Entre os trabalhos expostos, encontra-se uma seleção de 20 fotografias, feitas nas décadas de 20, 30 e 40, que documentam a classificação dos detentos através de tatuagens. Paralelamente, também pode ser vista uma coleção de 10 guaches da década de 20, restaurados pelo funcionário Esmael Martins da Silva, representando a "via crucis" de um alcoólatra que termina seus dias na prisão.

A série de fotos faz parte de levantamento científico realizado pelo médico Moraes de Mello com presos tatuados. O significado das tatuagens foi catalogado através de pesquisa feita nas próprias penitenciárias.

Segundo essas pesquisas, os detentos são classificados de acordo com o tipo de crime que cometeram ou com o papel que desempenham na cadeia. Um batedor de carteira, por exemplo, é tatuado com um ponto, enquanto um chefe de quadrilha recebe cinco pontos. Uma âncora confere proteção e uma estrela indica alguém encarregado da segurança. Estupradores recebem dois pontos e traficantes, três. Os ladrões são tatuados com quatro pontos, em caso de furto, ou com cinco pontos, em caso de roubo.

alesp