A duplicação dos 118,5 Km que compreendem as rodovias Raposo Tavares, Orlando Quagliato e João Baptista Cabral Rennó foi inaugurada oficialmente na manhã de domingo, 7/4, pelo governador do Estado, Geraldo Alckmin. A solenidade foi realizada sobre um dos 21 novos viadutos , localizado no Km 440 da Raposo Tavares, município de Assis. O governador revelou estatísticas positivas resultantes da duplicação, como a redução de 67% no número de vítimas fatais. Alckmin também autorizou o DER a adquirir o equipamento necessário para a complementação das muretas de proteção. "O próprio DER vai colocar a New Jersey (denominação técnica da mureta) em toda a rodovia", afirmou o governador.

O deputado Claury Alves da Silva discursou em nome da Assembléia Legislativa, fazendo um breve relato sobre o histórico negro do trecho rodoviário duplicado. Também destacou a importância social e econômica da obra para a região e creditou ao atual governo o mérito por sua realização. "Nossa região foi agraciada com uma das maiores obras realizadas pelos governos de Mário Covas e Geraldo Alckmin", disse Claury.

Participaram da cerimônia o secretário de Estado dos Transportes, Michael Paul Zeitlin; o secretário de Estado da Casa Civil, Rubens Lara; o superintendente do DER, Pedro Brassioli; o ex-secretário de Ciência e Tecnologia, deputado federal José Aníbal; o prefeito de Ourinhos, Claudemir Alves da Silva; entre diversos outros prefeitos e vereadores da região.

Menos Acidentes. O DER confirma a redução de acidentes nos trechos duplicados divulgada pelo governador. "No ano passado, na rodovia Orlando Quagliato, já duplicada, foi registrada somente uma morte", comemora o diretor do DER-7, Jorge Masataka Mori. Segundo ele, a diminuição no percentual de acidentes é ainda mais expressiva se considerarmos que o movimento hoje é muito maior que no período anterior à duplicação. Em dias normais, cerca de 20 mil veículos trafegam diariamente nos dois sentidos. Esse número sobe para 25 mil em feriados, conforme o diretor.

Participação. As obras de duplicação tiveram início em 1998, completando cerca de 3 anos e meio. Claury acompanhou pessoalmente a evolução dos trabalhos, participando de audiências e vistorias à obra feita pelos governadores Mário Covas, Geraldo Alckmin e pelo secretário de Estado dos Transportes, Michael Paul Zeitlin. Ao indício de reduções no orçamento, principalmente depois que se decidiu pela não cobrança de pedágio, Claury manteve-se atento para evitar cortes que implicariam na eliminação, por exemplo, de dispositivos de acesso.

Maior trevo. Uma das intervenções do deputado Claury junto à Secretaria dos Transportes resultou na ampliação do trevo localizado na rodovia Orlando Quagliato, principal dispositivo de acesso de Ourinhos para quem tem a Capital como origem ou destino. A ampliação e remodelação do trevo previam inicialmente obras que atingiriam 7,5 mil m2, incluindo 2 alças. Atendendo reivindicação do deputado, o trevo de Ourinhos passou a contar com 4 alças, totalizando 12.

Diógenes Corrêa Leite, presidente da Associação Comercial e Industrial de Ourinhos (ACIO) disse que a duplicação favorecerá em muito as atividades comerciais, sobretudo de seu município, tradicionalmente um pólo comercial. "Essa obra oferece conforto e segurança para seus usuários, portanto estimulará o trânsito intermunicipal, incrementando o turismo de compras e serviços", avalia.

Para o empresário, a não cobrança de pedágio é outro fator que facilitará em muito as atividades comerciais da região. "A proposta original de se instalar três praças de pedágio, embora justificada, preocupou os municípios que dependem das rodovias que foram duplicadas", revela Diógenes.

O prefeito municipal de Salto Grande, Waldemar Corrêa, considera que a duplicação vai valorizar a região no contexto estadual. Seu município foi um dos contemplados com novo dispositivo de acesso. Na avaliação de Corrêa, o fator segurança é o mais importante.

No contrato de duplicação da rodovia Raposo Tavares estava prevista a implantação de 3 praças de pedágio. Por causa dos recursos que viriam da cobrança de pedágio, já descartada pelo governador Geraldo Alckmin, é que faltou verba para detalhes de finalização da duplicação, como a construção de muretas em determinados trechos da obra.

Para Claury, seria problemático implantar praças de pedágio nas estradas duplicadas da região. "Temos aqui um escoadouro da produção agropecuária regional, o setor que mais sofreria com aumentos no custo da cadeia produtiva", argumenta.