Responsabilidade pelo aumento da poluição do Tietê
Repercutiu mal entre os deputados que compõem a bancada do PT na Assembléia Legislativa relatório da Cetesb que aponta piora no nível de poluição do rio Tietê. Em 2006, o rio ficou mais poluído, com o aumento da quantidade de esgoto, fósforo e nitrogênio amoniacal. O nível de oxigênio voltou ao patamar crítico da década de 1990, com zero miligrama por litro no trecho que corta a capital. O Estado responsabiliza principalmente os municípios do ABC e Guarulhos pela piora.
Nas palavras do 1º secretário da Casa, deputado Donisete Braga (PT), o governo do Estado tem de definir qual o bode expiatório para jogar a culpa. "Ora a Cetesb diz que o aumento da poluição foi provocado pela variação das chuvas. Ou porque choveu muito e os detritos foram levados para o rio ou porque choveu pouco e o esgoto in natura não se diluiu na água. Ora culpa municípios da Grande São Paulo por lançarem esgotos em córregos ou rios que deságuam no Tietê", protesta o deputado.
O 1º secretário discorda da avaliação da Cetesb que aponta nominalmente o município de Guarulhos, seguido pelos municípios da região do ABC, como responsáveis pelo aumento da poluição do Tietê. Segundo a Cetesb, eles estariam despejando esgotos sem tratamento no rio Tamanduateí e no ribeirão dos Meninos, que desembocam no Tietê.
"Não aceitamos essa culpabilização. Afinal, o governo investiu na primeira etapa do Projeto Tietê US$ 1,1 bilhão e, na segunda fase, que vai até 2008, serão investidos mais US$ 400 milhões. Mesmo com estes investimentos brutais, os resultados não são satisfatórios", diz Donisete Braga. Segundo ele, "falta uma política integrada de saneamento, ou seja, uma parceria entre o Estado e os municípios, onde estes sejam ouvidos e tenham suas posições respeitadas".
Para o parlamentar, a Sabesp tem grande responsabilidade na questão. A empresa produz, na Região Metropolitana de São Paulo (RMSP), 65 mil litros de água por segundo para atender 17,5 milhões de pessoas em 31 municípios. Outros seis municípios adquirem água da Sabesp por atacado (Santo André, São Caetano do Sul, Guarulhos, Mogi das Cruzes, Diadema e Mauá) e operam diretamente os serviços de saneamento.
"A partir dessa informação, concluí-se que 41 mil litros de esgoto por segundo (ou 80% da água consumida) são produzidos na RMSP e, desses, apenas 11 mil litros de esgoto por segundo são tratados nas cinco estações de tratamento instaladas na região. Ou seja, 30 mil litros de esgoto por segundo vão parar nos córregos e rios sem nenhum tipo de tratamento", enfatiza Donisete Braga.
dpgraga@al.sp.gov.br
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