DA REDAÇÃO

A CPI das Financeiras, presidida por Claury Alves Silva (PTB), ouviu nesta quarta-feira, 27/3, o depoimento da ex-deputada Ruth Escobar, vítima de golpe do representante do Hong Kong Shangai Bank, Ivan Yung.

Ruth explicou que Yung foi indicado por amigos seus que também utilizavam os serviços do banco. "Na mesma época vendi meu teatro e investi o dinheiro no Hong Kong Bank, a medida que recebia as prestações da venda."

No Natal de 1999, Ruth decidiu organizar um festival de teatro e precisou resgatar o dinheiro. "Fui informada que minha conta estava zerada."

Na tentativa de rastrear o sumiço do dinheiro, Ruth procurou o advogado Robert Willians, mas não obteve sucesso.

Segundo a ex-deputada, a alegação de Ivan Yung ao banco foi que Ruth havia autorizado o investimento do dinheiro em um negócio na Rússia, que posteriormente quebrou, uma vez que o país atravessava crise econômica. "Soube que a família está fora do país mas que Yung permanece no Brasil."

A ex-deputada já abriu processo contra o Hong Kong Bank e conseguiu citar judicialmente a filha de Yung. "Também procurarei medidas contra o Banco Central, que considerei conivente com o Hong Kong, uma vez que já havia recebido documentação suficiente para fechar aquele banco anteriormente ao que ocorreu comigo."

Os membros da CPI já estão de posse de documentos referentes ao caso e consideram que o problema mereça encaminhamento judicial, já que a deputada foi vítima de um crime.