Notas de Plenário


03/06/2008 20:41

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10 anos sem reajuste



Edson Ferrarini (PTB) defendeu o fim da política salarial de gratificações aos policiais. Segundo o parlamentar, a categoria acumula 40% de perda em seus salários, pois há mais de 10 anos não tem reajuste em seus vencimentos. Ferrarini informou ter mantido conversas sobre o assunto com os secretários da Segurança Pública, Ronaldo Marzagão, e da Casa Civil, Aloysio Nunes Ferreira, e que continuará lutando na Casa, junto com outros deputados como Olímpio Gomes, pelo mesmo objetivo. (BC)



Coincidência?



Matéria publicada pelo jornal O Estado de S. Paulo nesta terça-feira, 3/6, sobre viagem de ex-secretário paga pela empresa Alstom, foi objeto dos comentários de Olímpio Gomes (PV). O deputado disse que, de acordo com o jornal, o ex-secretário de Obras do município de São José dos Campos, Sabino Indelicato, teria ido à França para a Copa Mundial de Futebol com dinheiro da empresa. A Alstom está sendo investigada na Suíça por suposto pagamento de propinas no valor de R$ 13,5 milhões a políticos do PSDB no Estado de São Paulo, para favorecimento em contratos de obras do Metrô paulistano. Empresa de propriedade de Indelicato, Acqua Lux, Engenharia e Empreendimentos, teria recebido parte desses recursos. O deputado disse que espera que seja um mal entendido e coincidência que mais um dos membros do TCE apareça ligado a casos de corrupção. (BC)



Perplexidade



Carlos Giannazi (PSOL) apresentou à Casa Projeto de Decreto Legislativo pedindo a suspensão do Decreto do Executivo 53.037/08 e estuda a apresentação de uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin) contra a decisão. O decreto, segundo informou o parlamentar, define regras para admissão temporária e proíbe a remoção de professores concursados, entre outras medidas. Giannazi declarou-se perplexo com o que considera mais um ataque à categoria feito pelo governador José Serra e pela secretária da Educação Maria Helena de Castro. (BC)



Em defesa do etanol



O deputado Cido Sério (PT) falou sobre discurso que o presidente Lula proferiu nesta terça-feira, 3/6, na Conferência Internacional das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO), em Roma. "Os biocombustíveis não são os vilões. Vejo com indignação que muitos dos dedos que apontam contra a energia limpa dos biocombustíveis estão sujos de óleo e carvão. Muitos dos que responsabilizam o etanol - inclusive o da cana-de-açúcar - pelo alto preço dos alimentos são os mesmos que há décadas mantêm políticas protecionistas, em prejuízo dos agricultores dos países mais pobres e dos consumidores de todo o mundo", disse o presidente. Sério enfatizou que o presidente não é favorável à produção de etanol a partir de alimentos, como fazem os EUA e a Europa e ratifica que a alta dos alimentos não tem nada a ver com a produção de etanol. (LP)



Que o diabo o carregue



Olímpio Gomes (PV) falou sobre o suicídio do tenente Fernando Neves Braz, comandante da Força Tática do 5º Batalhão, ocorrido na última sexta-feira, 30/5, quando policiais foram a sua casa para apreender seu computador para a investigação. Neves, que era casado e tinha um filho, estaria envolvido em uma rede de pedofilia que agendavam encontros com crianças pela internet. "Não me sinto envergonhado como policial, mas como cidadão", disse Olímpio. "Esse caso", afirmou o parlamentar, "não reflete a imagem da maioria dos policiais que dão suas vidas para proteger crianças e idosos. Dizem que pedofilia é uma doença, mas quem jurou defender a sociedade não pode quebrar esse juramento." Indignado com a exploração de menores, o major bradou: "Que o diabo o carregue". (LP)



Roubo de fios



Dizendo-se entristecido com os prejuízos sociais e econômicos causados pelo furto de fios e cabos telefônicos, João Barbosa (DEM) apelou pela aprovação do PL 306/2007, de sua autoria, que obriga os estabelecimentos comerciais que compram materiais metálicos usados para revenda a manter cadastro das pessoas físicas ou jurídicas dos vendedores, de modo a coibir ações criminosas. "Não é justo que uma empresa tenha prejuízos por conta deste inadmissível vandalismo", completou, lembrando que as cidades também são afetadas por esta ação criminosa, que deixa ruas e túneis às escuras. (MF)



Redução da jornada de trabalho



A campanha de todas as centrais sindicais do país pela redução da jornada de trabalho de 44 para 40 horas semanais, sem redução dos salários, foi o tema abordado por Hamilton Pereira (PT), que considerou o pleito plenamente possível dado o crescimento econômico que ocorre no governo Lula. Segundo dados do Dieese, disse o deputado, essa redução geraria dois milhões de empregos com carteira assinada, que se somariam aos dez milhões de postos formais criados nos últimos anos. Pereira ainda lembrou campanha de doação de medula óssea realizada na Alesp em fevereiro, e conclamou a população a se inscrever. (MF)



Salários na UTI



Uebe Rezeck (PMDB) pediu ao governador do Estado uma análise da situação salarial dos profissionais da saúde pública. Rezeck sugere que o resultado dessa análise sirva de escopo para um futuro projeto de lei que contemple solução ao problema. Segundo o deputado, os médicos ganham muito pouco e, quando se aposentam, sofrem ainda uma grande perda em seus vencimentos, composto em grande parte por gratificações não incorporadas aos salários dos inativos. (MR)



"Com o povo a gente faz média"



Celso Giglio (PSDB) comentou denúncia apresentada pela Rádio Jovem Pan e pelo jornal Diário de S. Paulo sobre declarações feitas pelo diretor de saúde pública de Osasco, Nelson Bedim. Sobre a qualidade de atendimento médico-hospitalar no município, o diretor teria dito a agentes de saúde da cidade frases como: "morte de um idoso não tem problema", "já estava fazendo hora extra" e "temos de fazer média com o povo". Giglio lamentou as colocações e salientou gestões importantes na área da saúde feitas durante sua administração naquele município. (MR)



Presidente paulista



Em resposta à fala do jornalista Carlos Chagas, do SBT, que teria dito que basta de presidentes paulistas no país, Edson Giriboni (PV) informou: "Desde a Proclamação da República, o Brasil teve 33 presidentes, sendo sete cariocas, sete gaúchos, cinco mineiros e apenas três paulistas". E concluiu: "Se em 2010 o povo eleger um paulista, não será favor nenhum para São Paulo." (MR)

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