DA ASSESSORIAA venda de fardas e acessórios para policiais militares do Estado de São Paulo continuará sob a responsabilidade exclusiva da Polícia Militar. A proposta de proibição de venda do material, que tramitava na Assembléia Legislativa desde fevereiro deste ano, foi vetada integralmente pelo governador Geraldo Alckmin no último dia 26 de março.A comercialização dos uniformes e indumentárias foi normatizada pelo Decreto 42.556, de 27 de novembro de 1997, que regulamentou a Lei Estadual 9.733, de 15 de setembro do mesmo ano, que prevê o controle e fiscalização do comércio exclusivamente pela PM. Para o autor da lei, deputado Márcio Araújo, "o governador agiu sabiamente e com muito critério".Araújo defende que, "embora tenha sido louvável a intenção da proposta, sua aplicação é inexeqüível; uma vez que já existe uma legislação controlando o comércio, os esforços têm que ser empenhados no sentido de cumpri-la. Se começarmos a proibir as ações públicas no intuito de evitar os problemas que precisamos resolver, estaremos negando a autoridade do Estado e desmerecendo sua legítima prerrogativa de fiscalização".Outra questão levantada pelo deputado diz respeito aos efeitos, segundo ele catastróficos, de âmbito social: "a medida incitaria o fechamento de um grande número de lojas, o que agravaria a atual crise de desemprego", completa. De acordo com a lei, as lojas de confecção e estabelecimentos congêneres somente poderão comercializar os uniformes para policiais, e mediante apresentação do documento de identificação próprio, devendo para tanto cadastrar-se junto à Corporação.Toda e qualquer venda deve ser registrada em livro específico contendo nome completo, número do RE do policial, data da venda, tipo e quantidade de peças. Para os casos de infração está prevista a aplicação de multa no valor de 30 Ufesps, equivalente a R$ 315,60Márcio Araújo encaminhou ofício ao comandante da Polícia Militar, coronel Rui César Melo, solicitando informações acerca da comercialização e dados estatísticos sobre as possíveis infrações que tenham sido cometidas desde a promulgação da lei. A resposta, diz o deputado, "será o termômetro que indicará possíveis adequações necessárias e pontos que requererão providências mais enérgicas".