Museu da Escultura - Reinaldo Teixeira aplica em suas esculturas emoção e uma certa vontade de surpreender


07/12/2009 14:46

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O abandono da idéia construtivista e estrutural implica, para certos historiadores de arte, ate mesmo uma regressão. Reinaldo Teixeira utiliza sucata de inox na elaboração de suas esculturas que estão longe daquelas do movimento construtivista.

Sua obra nasce da resistência a um modernismo de plantão e de sua critica, o artista usa materiais descartáveis que retornam entretanto ao mundo das emoções e dos instintos humanos. O escultor não busca necessariamente estruturas mas a utilização do volume onde inclui, com habilidade, figuração e ornamentação, jogo e sonho, agressão e defesa.

O elemento novo não está nos materiais que Reinaldo Teixeira utiliza, nem mesmo na dinâmica ou na modificação das formas. A grande novidade está na emoção que o artista aplica na sua criação ao lado de uma certa vontade de surpreender.

A originalidade da combinação de materiais e de formas constituem em uma espécie de crítica á vida de nossos dias. Eis porque, suas esculturas dependem muito da sensibilidade de tato do observador. Tecnicamente e emotivamente, o sentido do toque encontra aqui um largo campo de ação.

Reinaldo Teixeira se esforça constantemente no seu aperfeiçoamento pessoal, utilizando técnicas inventadas e por ele aplicadas, onde encontra um ponto comum orientado em direção a um novo realismo.

Em as quatro faces de "Sepé Tiaraju" obra doada ao Museu da Escultura ao Ar Livre no Palácio 9 de Julho e premiada com Medalha de Ouro no XXII Salão de Arte de Pinheiros, o sentido extremamente emocional do artista se serve de figuras para produzir em sua escultura um ritmo livre e envolvente.





O artista



Reinaldo Teixeira nasceu em São Paulo em 1968. A partir dos 10 anos de idade manifestou suas tendências artísticas dedicando-se a entalhar madeira.

Após cursar o Senai, passou a trabalhar numa metalúrgica aos 18 anos quando descobriu o aço e suas multiplas ações utilitárias no campo industrial. Em 2004 interessou-se na utilização do aço na arte realizando uma serie de esculturas com restos usados na metalúrgica.

Desde então realizou diversas exposições coletivas no Central Plaza Shopping (2007 e 2008): individuais no Clube Atlético Ipiranga, no Central Plaza Shopping e no Espaço Cultural Candido Portinari, na Assembléia Legislativa (2009).

Foi premiado como o Melhor escultor do São de Arte do Atrium Cultural e Medalha de Ouro do Salão de Arte de Pinheiros (2009), e possui obras em diversas coleções particulares e no Museu da Escultura ao Ar Livre no Palácio 9 de Julho.

alesp