Deputado paulista é eleito presidente da União Parlamentar do Mercosul

Cada país-membro deverá ter um parlamentar como vice-presidente da entidade (com fotos)
22/10/2001 19:12

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Da redação

O deputado estadual Milton Flávio (PSDB) foi eleito presidente da União Parlamentar do Mercosul (UPM), no último dia 19/10, na cidade de Ushuaia, Terra do Fogo, Argentina, na III Assembléia Geral da entidade.

Para Milton Flávio a eleição de um parlamentar paulista é o reconhecimento de que o Brasil e, principalmente, o Estado de São Paulo representam um papel fundamental dentro da UPM. "Estamos falando de um dos mais importantes países da entidade e de um Estado que detém 46% do PIB nacional."

Perspectivas para a UPM

O deputado Milton Flávio disse que o estatuto da UPM está sendo reformulado para que cada país-membro tenha um parlamentar como vice-presidente da União. "Teremos um vice-presidente da Argentina, Uruguai, Paraguai, Chile e também do Brasil."

Outra iniciativa da entidade é uma ação mais cuidadosa com os países de menor participação, como Uruguai e Paraguai. "Queremos que eles atuem com a mesma intensidade dos demais países." Milton Flávio antecipou que a União pretende ampliar seu raio de atuação. "Em novembro próximo estarei visitando a Venezuela para acertar seu ingresso na UPM."

O parlamentar acredita que as audiências individuais com países e Estados que ainda não integram a União torna mais fácil o contato. "A entidade quer estimular o ingresso de novos parlamentos e, para tanto, a Comissão de Assuntos Internacionais desta Assembléia Legislativa, a qual eu presido, terá atuação decisiva."

A América Latina no contexto mundial

Sob o ponto de vista da América Latina, a UPM quer priorizar a integração entre universidades e a cooperação no setor de ciência e tecnologia.

Um dos pontos mais significativos para a UPM é incentivar o turismo na América do Sul. "Diante do conflito internacional, nossa região é das poucas no planeta que oferece tranqüilidade aos turistas de todo o mundo", destacou o deputado, lembrando que há um século as nações americanas não entram em conflito militar, mesmo detendo diferenças de cunho político ou cultural.

Para ele, a América do Sul pode vir a ter alternativas para sua economia com o incidente internacional entre EUA e Afeganistão. "A insegurança no mercado externo pode contribuir para a exportação de nossos produtos."

Milton Flávio declarou ainda que a UPM pretende apelar aos presidentes latino-americanos para que valorizem o papel da ONU no sentido de evitar a guerra em maiores proporções.

alesp