Falta água e sobram promessas na Baixada Santista


16/07/2003 16:19

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Da assessoria da deputada Maria Lúcia Prandi



A deputada Maria Lúcia Prandi (PT) está cobrando explicações da Sabesp sobre o atraso na realização de obras para resolver o problema de desabastecimento de água em Guarujá. Questionado pela parlamentar, em 2000, o então secretário estadual de Recursos Hídricos, Saneamento e Obras, Antônio Carlos Mendes Thame, detalhou uma série de providências para a cidade. Pelo cronograma oficial apresentado na ocasião, até o final do ano passado estariam concluídos novos reservatórios e adutoras, além de ampliada a capacidade de captação.

"Os projetos permanecem engavetados e quem sofre com isso é a população", esclarece a deputada, que aponta outras cidades da Baixada Santista com problemas de desabastecimento: "Tenho recebido reclamações de moradores de Praia Grande e de São Vicente, também".

Maria Lúcia diz que a Baixada é uma das regiões onde a Sabesp obtém maior lucratividade, com arrecadação anual de cerca de R$ 140 milhões, segundo dados da própria estatal. "Diante dessa volumosa contribuição, precisamos de uma contrapartida à altura", observa. A deputada lembra que parte dos recursos - US$ 250 milhões - previstos em convênio entre o governo estadual e o Japan Bank International Cooperation destinam-se à universalização do abastecimento de água e saneamento ambiental da região. "O que parece haver é a falta de empenho para que as obras sejam efetivamente implementadas, o que garantirá melhorias no abastecimento e a preservação da qualidade dos mananciais", finaliza.

mlprandi@al.sp.gov.br

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