O orçamento para 2010, discutido e aprovado na Assembleia Legislativa, no dia 16/12, teve o voto contrário do deputado Carlos Giannazi (PSOL), que o classificou de "antissocial e autoritário" por deixar de investir em áreas sociais estratégicas para o bem-estar da população, como educação, saúde e segurança, e por não ter incorporado as propostas apresentadas pela sociedade civil organizada e parlamentares durante as audiências públicas regionais.

Giannazi destacou, em pronunciamento feito posteriormente em plenário, que houve uma diminuição de investimento para as obras nestas três áreas, acrescentando que o Iamspe, o Centro Paula Souza, a Defensoria Pública, as universidades estaduais, os servidores públicos e aposentados, por exemplo, não receberiam novos aportes financeiros nem aumentos.

Em contrapartida, o parlamentar salientou o aumento com gastos em propaganda e publicidade do governo e de empresas estatais e a redução de verbas para o combate às enchentes num momento em que várias regiões do Estado estão sofrendo, desde o final do ano passado, com fortes chuvas que estão vitimando famílias e ceifando vidas. "Enquanto os moradores do bairro do Jardim Pantanal (zona leste da capital), por exemplo, sofrem ainda as consequências de terem ficado submersos nas enchentes e no esgoto por vários dias, o governo estadual diminui o dinheiro a ser investido nas obras na calha do rio Tietê", disse Giannazi.



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