Da Tribuna


10/03/2010 18:08

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Mais investimentos



Segundo Carlos Giannazi (PSOL), existem, no momento, três categorias profissionais do funcionalismo público estadual descontentes e rebeladas com relação à política salarial do governo estadual. De acordo com ele, os professores, a polícia civil e os agentes fiscais da receita estadual vêm sofrendo com a política salarial adotada pelo governo Serra, fundamentada em gratificações e bonificações. Para Giannazi, esse tipo de política salarial não valoriza a recuperação das carreiras já que as gratificações e bonificações não são incorporadas aos salários base. (NS)



Retrocesso



Marcos Martins (PT) cumprimentou os professores e os demais servidores públicos pelas reivindicações por melhores salários, condições de trabalho e melhorias do ensino estadual. De acordo com ele, os profissionais lutam para prestar um serviço eficiente à população. Martins também falou sobre a realização de testes em Portugal para a criação de uma vacina contra o mesotelioma, doença causada pelo amianto. "Enquanto o mundo investe em vacinas para enfrentar as consequências do amianto, a Casa corre risco autorizar um retrocesso na lei que proibiu o seu uso no Estado", declarou o parlamentar a respeito de um projeto de lei que tramita na Casa. (NS)



Distorções



De acordo com Olimpio Gomes (PDT), as notícias publicadas pela imprensa a respeito do encaminhamento do projeto de paridade e incorporação do Adicional de Local de Exercício (ALE) pelo governador José Serra "não refletem a verdade com relação ao que está se passando e ao que ainda vai se passar". Segundo o deputado, o site do governo anuncia o aumento salarial dos policiais em até 24%, fato que, para ele, é uma mentira. Ainda de acordo com o parlamentar, o projeto encaminhado mantém dois níveis salariais, estabelecidos pelo volume ocupacional. "Os 94 deputados da Casa podem corrigir essas distorções", afirmou. (NS)



Proibição do fumo



Comemorando a aprovação pela Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados de projeto de lei que proíbe o uso de cigarro e demais fumígenos em locais públicos, Milton Flávio (PSDB) lembrou que São Paulo foi o primeiro Estado a adotar a medida. Flávio também falou sobre convênio firmado entre a CDHU e empresas da área da construção civil. "O Estado de São Paulo é campeão em construção de casas para a população de baixa renda", ratificou. (LP)



Cartel?



Denunciando a possível constituição de cartel, uma vez que o Laboratório de Análises Clínicas América, proprietário de alguns dos mais conhecidos laboratórios de análises clínicas do mercado, vem vencendo as concorrências para a realização de exames laboratoriais para o Iamspe, o deputado Luis Carlos Gondim (PPS) defende que a Comissão de Saúde e Higiene da Assembleia, bem como o governo estadual, verifiquem a existência de algum tipo de irregularidade. (LP)



Feliz da vida



Pedro Tobias (PSDB) falou sobre a pesquisa de satisfação que a Secretaria da Saúde faz anualmente com os usuários do sistema. Especialmente feliz com a 10ª colocação, ocupada pela Santa Casa de Ibitinga, o parlamentar ressaltou que são os hospitais filantrópicos e os públicos que garantem o atendimento médico da população. "Há sete anos a Santa Casa de Ibitinga estava fechada. A coisa pública pode funcionar, basta haver vontade." (LP)



Investimentos



Ao comentar os investimentos do governo federal nos Estados, o deputado Donisete Braga (PT) ressaltou a participação de verbas federais em importantes áreas de São Paulo, em especial na educação e na segurança pública que, na sua opinião, passam por dificuldades devido à falta de incentivo financeiro aos profissionais. "O Estado mais importante e rico não pode promover a distinção salarial de seus servidores. O salário dos professores é o segundo pior do país", completou. (LP)



Justificativa espúria



"Quero registrar meu protesto contra a greve dos professores e a atitude dos deputados do PT em defesa da paralisação. A justificativa de que o salário é baixo e por isso eles se sentem desestimulados a trabalhar é espúria, pois não há quem esteja satisfeito com o que ganha", afirmou o deputado Milton Flávio (PSDB). De acordo com o parlamentar, quem está descontente deve procurar novo emprego, e os deputados que apoiam a greve estão julgando os outros por si mesmos. "Eu, com 41 anos de vida médica, jamais deixei de atender alguém, em qualquer circunstância". (BA)



O povo é um detalhe



O deputado Rafael Silva (PDT) citou uma recente entrevista de Maílson de Nóbrega em que o ex-ministro elogia o governo Lula pela gestão que tem feito junto ao Banco do Brasil. "Ele elogiou o Lula, na verdade, por entender que o presidente não está privilegiando os investimentos do banco em produção. Se eu fosse o Lula não ia gostar do elogio. Maílson ainda tem medo de que, sendo eleita, Dilma Rousseff retome a postura de valorizar os setores produtivos. Henrique Meirelles, presidente do Banco Central, assim como Maílson, está a serviço de outros bancos, e a ele não interessa a produção. E o povo? O povo é um detalhe", disse o parlamentar. (BA)



Cobranças, agradecimentos e críticas



Afonso Lobato (PV) cobrou do governo paulista solução para o mau funcionamento do Departamento de Perícias Médicas do Estado. O deputado diz que vem recebendo frequentes denúncias de servidores maltratados ou negligenciados, como a da servidora que teve seu caso de câncer de mama analisado por três psiquiatras. Lobato agradeceu ao governador a instalação do Poupatempo em Taubaté, que atenderá cidades da região. Também criticou o governo federal pela criação do Parque Nacional da Mantiqueira, o que, segundo Lobato, ocorreu sem consulta aos municípios e à população atingidos pela demarcação. (OT)



Espanhol no ensino médio



Mesmo com a aproximação do fim do prazo de cinco anos estabelecido pela Lei Federal 11.161/2005 para a introdução do ensino do Espanhol no ensino médio, o Estado nada fez para implantar o idioma na grade curricular das escolas paulistas, afirmou Carlos Giannazi (PSOL). "O assunto, motivo da reunião da Comissão de Educação desta quarta-feira, 10/3, foi discutido, apesar da falta de quórum na reunião", explicou. Para Giannazi, "o governo age como se o que acontece no Estado de São Paulo fosse em outro planeta". (OT)



Greve política



Roberto Felício (PT) afirmou que não conhece nenhum deputado da bancada do PT que defenda que professores se recusem a dar aula sob a alegação de falta de condições de trabalho. Entretanto, reafirmou o direito de greve da categoria e pertinência da pauta de reivindicações da Apeoesp. Ele criticou ainda a declaração do governo de que a greve tem motivação política: "O Maluf (governador de 1979 a 1982, antes da redemocratização) dizia que a greve era política. Montoro (governador eleito em 1982), antes de ser governador, apoiava os professores, mas depois, dizia que a greve era política. O PSDB, desde que é governo, diz que a greve é política". (OT)

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