Deputada Prandi cobra do Estado melhorias no IML de Registro


15/03/2001 15:45

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A deputada estadual Maria Lúcia Prandi (PT) ficou indignada com as denúncias publicadas pela imprensa sobre o estado de total abandono em que se encontra o Instituto Médico Legal (IML) de Registro. Em ofícios encaminhados ao secretário estadual de Segurança Pública, Marco Vinício Petrelluzzi, e ao superintendente da Política Técnica e Científica, Celso Perioli, a parlamentar relata a precariedade das instalações e dos equipamentos, cobrando providências emergenciais. No documento, a deputada Prandi destaca que a unidade é a única do gênero no Vale do Ribeira e vive uma crise que se arrasta desde 1977, agravando-se a cada dia sem que nenhuma providência seja tomada pelo governo estadual.

"É uma situação revoltante, que não pode continuar. É preciso agir rapidamente, para dotar o IML de Registro das condições adequadas para que a equipe de legistas possa realizar o trabalho da maneira correta", enfatiza Maria Lúcia Prandi. A parlamentar lembra que o IML foi instalado em Registro há 36 anos e, a partir de meados da década de 70, entrou em uma fase de deterioração que só aumenta a cada ano. "Há risco iminente de contaminação para a equipe profissional que ali trabalha. Além disso, a população, especialmente as pessoas que buscam o reconhecimento de corpos, também fica exposta a essas mazelas", frisa a deputada Prandi.

No ofício, Maria Lúcia detalha as péssimas condições de funcionamento do instituto. Cita a falta de materiais adequados, como a mesa onde é feita a necrópsia, que deveria possuir uma canaleta para escoamento do sangue. Sem ela, o sangue vai direto ao chão, ali distribuindo-se por todos os lados. Outro problema gravíssimo enfatizado pela parlamentar refere-se à câmara frigorífica, que rotineiramente pára de funcionar por problemas na rede elétrica do imóvel ou por falha do motor, antigo e bastante desgastado. "Recentemente, o equipamento chegou a ficar dois dias sem funcionar", lembra Prandi, destacando que a câmara não tem condições adequadas sequer para armazenamento dos cadáveres, que ali permanecem amontoados.

"É preciso uma total reformulação do prédio, com recuperação das redes elétrica e hidráulica, substituição de pisos e azulejos, adequação do sistema de ventilação e instalação de sistema para captação, tratamento e destinação final dos resíduos sólidos e líquidos", reafirma Maria Lúcia Prandi, enfatizando também a necessidade da substituição da câmara frigorífica e compra de novos equipamentos essenciais à realização dos exames de necrópsia. "Sem estas medidas, o trabalho fica comprometido e a elucidação de inúmeros crimes, prejudicada", conclui.

(Mais informações, ligue para o gabinete da deputada Maria Lúcia Prandi - 3886-6848/6854)

alesp