PPS intensifica campanha contra a privatização do Banespa


09/11/2000 19:23

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O presidente estadual do Partido Popular Socialista, deputado Arnaldo Jardim, e o líder da bancada do partido na Assembléia Legislativa, deputado Vítor Sapienza, elaboraram no último dia 8/11, manifesto intensificando a campanha contra a privatização do Banespa.

O documento foi encaminhado a todos os presidentes municipais do PPS e servirá de subsídio para pronunciamentos de vereadores do partido nas Câmaras Municipais do Estado.

Para Arnaldo Jardim, se esta privatização se concretizar o patrimônio público será gravemente lesado. "Estão avaliando incorretamente o nosso patrimônio. Com a finalidade de evitar isso, estamos mobilizando todos os militantes do partido para que atuem em suas cidades e impeçam essa insensatez. Nós, do PPS, acreditamos que esta decisão tem que ser tomada pelo povo de São Paulo, verdadeiro dono do Banespa, por meio de um plebiscito", conclui.

Leia na seqüência a íntegra do manifesto:

BANESPA: Patrimônio do povo paulista

O governo federal anuncia mais uma vez a privatização do Banespa. Depois de anos de uma gestão que nada alterou daquilo que havia sido alardeado, ou seja, "a máquina inchada" e a "inviabilidade financeira e econômica" do Banespa, insiste-se, a qualquer custo, fazer valer esta sua vontade.

Não há nenhum argumento que nos convença de que isso seja uma posição sensata. Afinal de contas, o alardeado enxugamento não ocorreu porque o Banespa comprovou ser uma instituição ágil. Em segundo lugar, a inviabilidade não ficou demonstrada, já que o Banespa tem vitalidade econômica e é uma das instituições mais lucrativas do sistema financeiro. Estão aí os R$ 749 milhões de lucro, nos 3 primeiros trimestres de 2000, a demonstrar com fatos concretos o que sempre defendemos.

Por isso o PPS - Partido Popular Socialista, reitera o seu profundo desacordo com a política econômica ditada por uma ótica neoliberal, já superada hoje nos próprios países desenvolvidos e que apesar disso insistem em praticá-la no Brasil. Ao mesmo tempo, lembra que é indispensável a manutenção de uma estrutura oficial de crédito como fomento ao desenvolvimento. Temos fundadas razões para entender que o processo de privatização como tem sido conduzido não só contraria esta visão sobre o desenvolvimento, mas contém ingredientes que caracterizam essa privatização como ato de má fé, constituindo-se um verdadeiro assalto ao patrimônio público.

Dados recentes confirmam uma subavaliação do Banespa. A utilização da taxa de risco "Brasil", numa avaliação da época da crise da Rússia, tem sido componente decisivo para a fixação de seu preço mínimo. Isso, evidentemente, avilta o seu valor real.

Reiteramos nossa posição e orientamos todos os companheiros a reforçar a mobilização nesse momento de decisão, para que mais uma vez possamos impedir a privatização do Banespa.

Mais do que isso, fazemos um apelo à sensatez dos responsáveis pela atual equipe econômica. Fazemos também um apelo enfático ao Governo do Estado para que reveja os termos da renegociação da dívida, estabelecida com o Governo Federal. Por essa razão, o PPS reafirma sua cobrança para que seja votado imediatamente o PDL e assim haja um plebiscito, onde o povo de São Paulo, verdadeiro dono do Banespa, possa se manifestar sobre a sua venda. Intensificamos assim o nosso engajamento nesse período, integrando-nos a este sentimento comum do povo paulista.

(Maiores informações, ligue para o gabinete do deputado Arnaldo Jardim - 3886-6834/6838)

alesp