Reajuste para professores recupera apenas um terço das perdas


16/05/2011 11:12

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Apenas um terço das perdas salariais dos professores do Estado entre 1998 e 2010 será recuperado com o reajuste anunciado pelo governo Alckmin, sem contar que o percentual divulgado, de 42,2%, não corresponde à realidade. Nele está inclusa a incorporação de gratificações que somam R$ 92. Com isso, o percentual do reajuste, de fato, é de 35,5%, dividido em quatro parcelas anuais que se estendem até 2014: 8,5% em 2011 (já descontado o valor da gratificação); 10,2% em 2012; 6% em 2013; e 7% em 2014.

Daqui a quatro anos, o reajuste de 35,5%, descontada a inflação, dará um ganho real de cerca de 13%, segundo cálculos da assessoria técnica da bancada do PT. Em contrapartida, as perdas dos professores alcançaram 36,75% de 1998 a 2010.

A inflação até 2014, projetada na Lei de Diretrizes Orçamentárias do Estado, chegará a 22,2%. Subtraindo-se este percentual do reajuste concedido pelo governo, chega-se ao valor de aumento real em quatro anos: 13%, ou seja, praticamente um terço das perdas.

Alvo de inúmeras críticas, a política de gratificações e bônus que não são incorporadas ao salário, também terá continuidade no governo Alckmin.

A bancada do PT defende, há muito tempo, que o governo do Estado use o excesso de arrecadação para ressarcir perdas dos servidores públicos. Em 2011, estão previstos R$ 5 bilhões de arrecadação a mais do que o projetado no Orçamento do Estado.(da)



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