Parlamentar critica adoção do IGP-M para reajuste do pedágio


30/06/2005 11:24

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A deputada Maria Lúcia Prandi (PT) está indignada com a decisão do governo Alckmin de manter o Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M) para reajustar os preços dos pedágios das rodovias paulistas concedidas à iniciativa privada. O percentual será adotado também nas estradas administradas pela Desenvolvimento Rodoviário S/A (Dersa) e pelo Departamento de Estradas de Rodagem (DER). A parlamentar criticou também o arredondamento para cima do valor do pedágio mais caro do Estado, no Sistema Anchieta-Imigrantes.

As novas tarifas nas rodovias paulistas entram em vigor a partir de zero hora de sexta-feira, 1º de junho. A elevação média é de 9,08%, correspondente ao IGPM acumulado nos últimos 12 meses.

"Lamentavelmente, o governador reluta em mudar o indicador utilizado para determinar o reajuste anual. De todos os índices de inflação, o IGP-M é o mais elevado. O ônus imposto ao contribuinte é intolerável", afirma Prandi.

De março de 1998, quando teve início o programa de concessão de rodovias, a abril de 2005, a alta do IGPM-M atingiu 130%, enquanto o IPCA (índice oficial do governo) acumulou 70%. "Os números provam uma enorme distorção. O contribuinte está sendo lesado, em benefício das empresas concessionárias."

Arredondamento

No Sistema Anchieta"Imigrantes, a tarifa do pedágio saltará, na sexta-feira, de R$ 13,40 para R$ 14,80. "Na realidade, o valor deveria ser R$ 14,61, mas o governador resolveu bancar, com dinheiro que não lhe pertence, um arredondamento para cima", reage Prandi. A cada 10 veículos, o ganho da concessionária é de R$ 1,90. Segundo calcula, considerando-se um final de semana prolongado por feriado, em que o movimento na descida pode ultrapassar 400 mil veículos, o lucro ficará em torno de R$ 80 mil.

alesp