O deputado Geraldo Vinholi (PDT), 2.º secretário da Mesa Diretora da Assembléia Legislativa, afirmou, em entrevistas concedidas na quinta-feira, 17/03, a jornais da capital e do interior, que a opção de seu partido pela candidatura de Rodrigo Garcia (PFL) para a Presidência da Casa se deu em razão da necessidade de valorização do Legislativo paulista.

"Queremos fazer da Assembléia Legislativa de São Paulo um grande centro de debates, uma caixa de ressonância dos anseios da sociedade. Queremos discutir projetos e colocá-los na pauta de votação. Queremos dar vida à Assembléia Legislativa", disse.

Para o deputado, eleito na última terça-feira para compor a Mesa da Assembléia junto com Garcia, presidente, e Fausto Figueira, 1.º secretário, a 2ª Secretaria "é de fundamental importância para dar estrutura aos demais deputados nesse momento em que se pretende implantar um novo modelo de gestão no Legislativo paulista".

Respeito mútuo

Geraldo Vinholi refuta a hipótese de que o governador Geraldo Alckmin tenha entendido a nova formação da Mesa Diretora como "traição": "Tenho certeza de que isso não partiu do governador. Temos o maior respeito por ele. No entanto, tudo aquilo que contraria uns quatro ou cinco ligados ao governo é visto por eles mesmos como traição. A linguagem de traição só foi considerada por esses descontentes. Nós não ouvimos isso do governador em nenhum momento", assegurou Vinholi.

De acordo com o parlamentar, o momento pede paciência de todos. "Algumas pessoas querem passar para a sociedade que a candidatura do deputado Rodrigo Garcia foi lançada para ser contrária ao governo, mas isso não é verdade." Segundo Vinholi, tanto a bancada de seu partido, o PDT, como a do atual presidente da Casa, PFL, sempre mantiveram uma postura de defesa do governo. "O próprio Rodrigo Garcia sempre trabalhou para aprovar os projetos do Executivo, talvez até mais do que o próprio candidato do governo que concorreu com ele, que sempre teve uma atuação muito mais partidária do que parlamentar", analisou.

Maior independência

Vinholi avalia que a maior independência da Assembléia Legislativa trará inúmeros benefícios à sociedade e à vida do próprio Legislativo, além da valorização dos mandatos dos deputados. Deverão funcionar melhor todos os mecanismos de formulação e aprovação de projetos, assim como os de fiscalização, com comissões permanentes e CPIs funcionando.

"Os projetos de interesse do Executivo serão discutidos e votados. O Governo que se articule para ter a maioria e vencer a votação", disse Vinholi. "Já a oposição terá seu espaço para defender suas idéias e preservado seu direito de utilizar os mecanismos regimentais . Todos terão a oportunidade de ouvir e proporcionar a inclusão dos setores interessados em cada projeto, o que, além de aprimorá-los, enriquecerá a tomada de decisão", concluiu.

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