DA REDAÇÃOO presidente da Armênia, Robert Kocharyan, visitou o Legislativo paulista na manhã desta quarta-feira, 8/5. Após a execução dos hinos nacionais da Armênia e do Brasil, pela Banda da Polícia Militar, Kocharyan foi recepcionado pelo presidente da Assembléia Legislativa, deputado Walter Feldman, que salientou a importância da comunidade armênia no conjunto das comunidades estrangeiras que habitam o Estado. "A comunidade armênia em São Paulo é muito expressiva econômica, política e culturalmente", falou Feldman, informando que todos os anos a Assembléia realiza sessão solene para lembrar a luta do povo armênio e homenagear sua história."Temos muito o que aprender com o Brasil", ponderou o presidente armênio, referindo-se à convivência pacífica entre as diversas raças que habitam o Estado. E acrescentou: "Precisamos trazer os dirigentes do mundo a este país para que percebam como todas as raças vivem bem aqui."Durante o encontro, o deputado Edson Aparecido (PSDB) entregou ao presidente da Armênia moção de sua autoria, aprovada pelo plenário da Casa, na qual faz apelo ao presidente da República para que reconheça oficialmente o genocídio de armênios cometido pelos turcos em 1915.Kocharyan presenteou a Assembléia com uma obra de arte que vai integrar o Memorial do Conselho Estadual Parlamentar de Comunidades de Raízes e Culturas Estrangeiras (Conscre). A tela, intitulada Yerevan Antigo, datada de 1959, cujo autor é Hovnan Sevoyan, reproduz uma paisagem da antiga capital da Armênia, Yerevan.Imigração armêniaA primeira imigração da comunidade armênia ao Brasil remonta a meados da década de 1880. Grande parte dos recém-chegados dedicou-se à fabricação de calçados e ao comércio em geral. Atualmente, os membros da comunidade armênia trabalham nos diversos campos da vida cotidiana paulista, principalmente como profissionais liberais.A população atual da comunidade no Estado de São Paulo está estimada em 80 mil, a maioria naturalizados brasileiros, vivendo principalmente nas imediações do bairro da Luz (junto à estação Armênia do Metrô), onde estão localizadas as três principais igrejas armênias (Apostólica, Católica e Evangélica).