Notas de Plenário


15/05/2006 19:19

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Supremacia da lei

Ao abrir a sessão desta segunda-feira, 15/5, o presidente Rodrigo Garcia (PFL), em nome da Assembléia Legislativa, leu nota em que afirma a supremacia da lei e a confiança nas autoridades constituídas que combatem o crime. Solidarizou-se com as famílias dos policiais vitimados pela onda de violência. Rodrigo Garcia anunciou ainda que os principais líderes de todos os partidos políticos da Assembléia Legislativa iriam ao Palácio dos Bandeirantes, às 17h, para apoiar o Poder Executivo e o governador Cláudio Lembo.

Professor aposentado

Denunciando a penosa situação vivida pelos professores aposentados, o deputado Palmiro Mennucci (PPS) descreveu, como exemplo, a situação da professora Tereza Maria Cipriano, moradora do bairro de Itaquera, que, com baixo salário, se viu endividada e com seu nome no Serasa. Palmiro ainda considerou que o professor aposentado vem sofrendo, por parte das autoridades, discriminação nos aumentos.Para os que estão na ativa, o aumento salarial foi de 15%.

Mortes que causaram indignação

"O crime organizado está dando as ordens. Venho a essa tribuna indignado, perplexo com os resultados nestes três dias de violência, com 72 mortos. Cansei de avisar que temos um sistema prisional falido", disse Ubiratan Guimarães (PTB). O deputado ainda considerou infeliz a declaração do comandante da Polícia Militar, que avaliou que o número de mortes de policiais foi menor do que o previsto. Ubiratan afirmou que é preciso realmente enfrentar o crime organizado com ações precisas.

Aplicar a lei

Acreditando que os poderes tomarão medidas para coibir frontalmente as ações criminosas no Estado de São Paulo, José Bittencourt (PDT) considerou que todos os cidadãos de bem darão a resposta contra a violência e, dentro das normas, a sociedade terá tranqüilidade suficiente para tomar decisões acertadas. No estado atual, comparado ao estado de guerrilha, o deputado acha que o Estado deve endurecer e não negociar com os bandidos e aplicar a lei.

Cabeça fria

Ana Martins, líder do PCdoB, manifestou apoio à nota publicada pelo presidente Rodrigo Garcia a respeito da onda de violência desencadeada em São Paulo nos últimos três dias pelo Primeiro Comando da Capital (PCC). "A Bancada do PCdoB tem plena concordância com o documento lido pelo presidente da Assembléia. Este é o momento em que quem detém algum poder deve ter a cabeça fria e manter a tranqüilidade. Os acontecimentos demonstram como o poder público está fragilizado diante de um poder paralelo que quer destruir as instituições. Não podemos nos dispersar", enfatizou a parlamentar.

Braços dados com a polícia

Romeu Tuma (PMDB) disse que, em sua longa experiência como profissional da segurança pública, nunca havia ouvido policiais confessarem medo. "Se o policial fica armado, fechado em casa, imagine a sociedade." Tuma afirmou ainda que "a atual situação resulta da ausência de uma política pública de segurança. Foi por isso que o PCC chegou a este ponto". Para o parlamentar, a Assembléia tem de cumprir seu papel, aprovando leis como, por exemplo, a que proíbe a entrada de celulares em presídios.

Apontar soluções

"Mais que apontar dedos para encontrar culpados, neste momento precisamos apontar soluções", declarou Jonas Donizette (PSB). "Os últimos acontecimentos afetam o cotidiano das pessoas como um todo, e a Assembléia tem que colaborar na busca de soluções", completou.

Toda ajuda é bem-vinda

Vanderlei Siraque (PT) ponderou que, neste momento de crise, o Governo do Estado não deve dispensar nenhum tipo de ajuda, nem de outros Estados nem da União. "A gestão da segurança pública é de competência do Estado, e as polícias paulistas são capazes de cumprir essa tarefa. Mas estamos vivendo um momento de exceção", afirmou o deputado. Siraque afirmou que seria conveniente a atuação das Forças Armadas para reforçar a segurança das delegacias e postos policiais, possibilitando que mais homens possam ser deslocados para o patrulhamento de rua. Por fim, o deputado afirmou acreditar em uma solução que surja do diálogo entre Executivo, Legislativo, Judiciário e Ministério Público.

Reunião com o governador

Ricardo Tripoli (PSDB) considerou ser este o momento de situação e oposição somarem forças em busca de uma rápida solução para a crise. "O cidadão não quer saber se o problema é federal, estadual ou municipal. Ele quer segurança". Tripoli anunciou ainda uma reunião dos líderes partidários com o governador Cláudio Lembo, que se realizaria às 17h. "O Estado tem o dever de oferecer proteção à população", declarou.

"Crise anunciada"

O líder do PT, deputado Enio Tatto, leu em plenário documento elaborado pela bancada em repúdio à "crise anunciada" por que passa o Estado. Segundo o texto, o governador Geraldo Alckmin havia divulgado a neutralização das facções criminosas que atuavam em São Paulo. "Entretanto, continuaram acontecendo motins em presídios e ataques a bases policiais." Tatto afirmou que a crise atual só será superada com união e diálogo entre as forças políticas e institucionais.

alesp