Hospital Regional: Um sonho que precisa ser regado

OPINIÃO: Padre Afonso Lobato*
09/06/2004 17:50

Compartilhar:


Depois de muitos meses de negociação, finalmente vimos implantado em Taubaté o Hospital Regional. É verdade que a transição do Hosic para o Governo do Estado foi árdua e demorada, mas era necessário que isso fosse feito. Não deixa de ser uma vitória de toda a população.

Neste começo de nova administração, os pacientes do SUS ainda têm encontrado dificuldades no atendimento, mas isso é questão de tempo e ajustes de responsabilidades. O Hospital Regional é como uma criança que acabou de nascer e precisa dos mínimos cuidados. Entre esses cuidados, está uma ampla reforma do prédio e a aquisição de equipamentos que tragam mais eficiência e segurança no tratamento.

Afinal de contas, o objetivo da criação do Hospital Regional é que ele seja referência no atendimento de alta complexidade, ou seja, tratamentos nas áreas de cardiologia, neurologia, oncologia, ortopedia, entre outras especialidades. Portanto, serão necessários investimentos pesados para que o serviço seja realizado a contento.

Além disso, o Hospital Regional já tem funcionando um Pronto Socorro para atender ocorrências mais complexas, como politraumatismos. Isso ajudará a desafogar inclusive o PS Municipal de Taubaté.

Porém, não podemos esquecer dos atendimentos básico, primário e de média complexidade, que não estarão sob a responsabilidade direta do Hospital Regional. Esses atendimentos incluem cirurgias simples, como de garganta e apêndice, por exemplo. Esses procedimentos continuarão sob a responsabilidade dos demais hospitais, como o Hospital Universitário e Santas Casas da região, que não podem deixar de receber recursos tanto dos Governos Federal, Estadual e municipais.

Todo este complexo de saúde da região deverá funcionar daqui pra frente de forma muito sincronizada através da Central Reguladora de Vagas, administrada pela DIR (Divisão Regional de Saúde). Caberá à central dinamizar, organizar e tornar mais racional e ágil o atendimento á saúde pública, potencializando assim os recursos humanos e materiais.

Portanto, da forma como está sendo estruturada a regionalização da saúde, a responsabilidade agora recai sobre todos para que não haja concentração no atendimento no Hospital Regional. Todas as prefeituras , hospitais e santas casas terão que fazer a sua parte, com o apoio contínuo dos Governos do Estado e Federal.

*Padre Afonso Lobato é deputado estadual pelo PV

alesp