Uma das matérias que me chamou a atenção no jornal Folha de S.Paulo nesta segunda-feira, 3/5, foi referente ao município de Cubatão, considerado o mais violento entre as 71 cidades com mais de 100 mil habitantes de São Paulo: no primeiro trimestre suas taxas de homicídio representaram mais que o dobro dos índices da capital e duas vezes e meia a média de todo o Estado. A reportagem enfatiza que o dado resulta da compilação das estatísticas de homicídios divulgadas na sexta-feira pela Secretaria de Segurança Pública, com as projeções de população do Seade. No período, os homicídios cresceram 7% no Estado. Ao assistirmos aos noticiários observamos que o índice de violência vem aumentando no decorrer dos dias. É o caso de Cubatão, que no primeiro trimestre teve nove assassinatos, chegou a 7,14 mortes por 100 mil habitantes, ultrapassou Guaratinguetá (Vale do Paraíba) e lidera com folga o ranking da violência nas principais cidades. O Estado de São Paulo apresentou, de janeiro a março, uma média de 2,9 mortes por 100 mil pessoas, pouco acima do índice de 2,6 verificado durante o mesmo período de 2009. Segundo o portal R7, a Secretaria de Segurança Pública informou que o policiamento na região da Baixada Santista, em São Paulo, foi reforçado desde o dia 19/4. Na região, em cinco dias, foram registrados 13 homicídios, entre os dias 19 e 23 de abril deste ano, e além do reforço do policiamento, tropas especializadas também fazem a segurança do local. A Polícia Militar informou que vai apurar o número exato de policiais a mais que foram enviados para a região. Sonhos são interrompidos, não apenas das pessoas que morrem, mas de toda família e até mesmo da sociedade em que as vítimas estão inseridas. "Trocam-se vidas" por pares de sapatos ou até mesmo por valores ínfimos, tais como R$ 1,00. Temos que nos unir enquanto sociedade para mudar o quadro atual e diminuir a violência, começando pela própria família, ou seja, orientar os filhos e sendo mais presentes na formação de caráter de nossas crianças. Fica a reflexão: quem ama não maltrata. Ou, como está escrito em Romanos 13:10: "O amor não faz mal ao próximo". *Gilmaci Santos é deputado estadual e presidente estadual do PRB. Participa das comissões de Defesa dos Direitos do Consumidor e de Economia e Planejamento.