Educação encaminhará ao Conselho Estadual preocupações com ensino técnico e profissionalizante


23/05/2002 15:45

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DA ASSESSORIA

A Comissão de Educação da Assembléia Legislativa encaminhará ao Conselho Estadual de Educação as preocupações com o esvaziamento do ensino técnico e profissionalizante no Estado de São Paulo. A decisão foi fruto das discussões havidas nesta quarta-feira, 22/5, durante audiência pública realizada pela Comissão de Educação da Assembléia Legislativa, sob a presidência da deputada Maria Lúcia Prandi (PT).

"Há um esvaziamento na formação profissional da rede estadual de Ensino e muitas mudanças foram impostas, sem qualquer discussão com o Conselho Estadual de Educação", critica a deputada Prandi, afirmando que existem apenas 8 mil alunos, em todo o Estado, cursando o ensino pós-médio, de caráter profissionalizante, oferecido pela Secretaria de Estado da Educação. Para a parlamentar, o maior exemplo na Baixada Santista é o Escolástica Rosa, que perdeu cursos e vagas, em que pese a tradição de qualidade do ensino que sempre ofereceu.

Conforme enfatiza a parlamentar, o governo do Estado optou por uma modalidade de oferta de vagas que tem aspectos polêmicos. "O Estado firmou convênios com diversas entidades e abriu 50 mil vagas de formação profissional. No entanto, o investimento corresponde a 1/3 do orçamento do Centro Estadual de Ensino Técnico e Tecnológico Paula Souza, ao qual estão subordinadas as escolas técnicas e Faculdades de Tecnologia (Fatecs).

"Como pode o Estado negligenciar a tal ponto a estrutura que possui? Estamos diante do início de um processo de privatização?", questiona Maria Lúcia Prandi.

A parlamentar afirma ainda que, enquanto um professor da Fatec ganha R$ 4,05 por hora/aula, os professores conveniados recebem R$ 15,00. "Há uma absurda distorção e não podemos nos calar", conclui a deputada Prandi.

alesp