Da AssessoriaA deputada estadual Maria Lúcia Prandi (PT) quer explicações para o retrocesso verificado no Hospital Guilherme Álvaro, que está realizando apenas uma ou duas biópsias hepáticas por semana, gerando uma fila de espera e indignação. A insatisfação tem aumentado porque vários pacientes submetidos ao exame foram surpreendidos com a notícia de que devem repeti-lo, por problemas na colheita do material. A cada semana são diagnosticados dez novos casos de Hepatite C, em média, no Hospital Guilherme Álvaro. A doença tem caráter epidêmico e é considerada por autoridades médicas mundiais como o maior desafio a ser enfrentado neste início de século. "O HGA é o único serviço público na região que realiza a biópsia de fígado pelo SUS. Se o hospital falha, o paciente fica sem alternativa", afirma a deputada.Prandi pediu esclarecimentos ao secretário de Estado da Saúde, Luiz Roberto Barata, ao diretor da DIR 19, Ricardo di Renzo, e ao diretor do HGA, Alberto Bedulatti Cardoso. Para ela, é inadmissível que a situação perdure. O HGA realiza as biópsias por punção, método pelo qual uma agulha de aproximadamente 20 centímetros é introduzida no paciente para retirar amostra do fígado. É utilizada anestesia local e o paciente é liberado no mesmo dia.No ano passado, a deputada Prandi obteve êxito em conseguir que o Governo do Estado destinasse verba de R$ 50 mil para o Ambulatório de Hepatites Virais do HGA. Por consenso entre a direção do hospital e o Grupo Esperança, ficou decidido que a verba seria usada na aquisição de agulhas para biópsias."O objetivo era acabar com a demanda reprimida, o estrangulamento no setor de biópsias. No entanto, os problemas continuam. A verba não foi usada para o fim proposto? Faltam equipes médicas? As biópsias não são prioridade ? Por que exames têm que ser repetidos? ", questiona a deputada Prandi, frisando que é lamentável que o paciente enfrente a angústia de não ter acesso ao exame e seja violentado em seu direito à saúde.