Para proteger os estudantes da violência cometida contra alunos recém-chegados às instituições de ensino no Estado paulista, o deputado José Bruno (DEM) acaba de ingressar com projeto de lei na Assembleia Legislativa proibindo o trote. De acordo com o deputado, os calouros, como são chamados os novos alunos, são submetidos a humilhações, exposições vexatórias " em alguns casos, a atentado à sua integridade física ", sendo que há registrado no Estado de São Paulo o caso de um óbito por afogamento de um estudante que ingressou na Faculdade de Medicina da USP. "Tomamos conhecimento, recentemente, das brincadeiras de mau gosto contra os calouros na cidade de Leme, onde um jovem foi levado ao hospital em estado de coma alcoólico. Isso é inaceitável", declarou o parlamentar, que é vice-presidente da Comissão de Educação na Alesp.

O projeto prevê punições para quem praticar os trotes, não apenas para os alunos, mas também para as escolas e universidades. "A responsabilidade por estes atos de vandalismo, que atentam contra vida dos estudantes, precisa ser compartilhada pelas as instituições", defende José Bruno.

O parlamentar também protocolou uma indicação ao governador para a criação de um grupo de elite da polícia civil que trabalhará junto às escolas públicas do Estado, em investigações dentro do ambiente escolar, de crimes que impõem violência, tráfico de drogas e outros. "Sabemos que ações criminosas não estão mais fora dos portões das escolas, onde a polícia atua com repressão, mas já estão dentro das salas de aula, onde o Estado precisa ter atitudes de prevenção", justificou José Bruno.

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José Bruno