A Frente Parlamentar do Cooperativismo Paulista (Frencoop-SP), coordenada pelo deputado Barros Munhoz (PSDB), atual líder do governo, reuniu-se nesta terça-feira, 30/10, no Plenário José Bonifácio. Reativada em 30/8, esse foi o primeiro encontro de trabalho da frente, que tem a adesão de 11 parlamentares.

Estavam presentes entidades representativas do setor como Organização Cooperativa do Estado de São Paulo (Ocesp), Aliança Cooperativa Internacional, órgão ligado à ONU, e Comissão Cooperativismo OAB São Paulo, além dos deputados Aldo Demarchi (DEM), Davi Zaia (PPS), Roberto Morais (PPS), Rodrigo Garcia (DEM), Said Mourad (PSC), Valdomiro Lopes (PSB). Também compareceu o ex-deputado Milton Flávio, primeiro presidente da Frencoop-SP.

Renato Nobile, do Centro de Estratégia do Cooperativismo Paulista, apresentou a plataforma inicial com alguns dos temas a serem apoiados pelos deputados. "No entender dos membros dessa frente, todos os itens pautados são corretos", afirma Munhoz.

Política estadual de apoio

Entre o elenco de assuntos citados, a regulamentação da Lei 12.226, que institui a política estadual de apoio ao cooperativismo, aparece como prioridade. Para Valdomiro Lopes, além da importância de tal regulamentação, é preciso observar também a questão tributária. Na opinião do deputado, com esse aspecto resolvido, o número de cooperativas no país aumentaria significativamente.

Envolvido com o cooperativismo há 43 anos, Munhoz também chamou a atenção para outras dificuldades enfrentadas pelo segmento, como a luta pela certificação da Ocesp. "Temos muito com que contribuir para a consolidação do sistema", ressaltou.

Ocesp

Braço estadual da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), a Ocesp é responsável por mais de mil cooperativas. Dividida em dez ramos de atividades como habitação, educacional, transporte, entre outros, a entidade conta com sete milhões de cooperados. Segundo Edivaldo Del Grande, presidente da Ocesp, o cooperativismo promove uma melhoria no Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), medida comparativa de riqueza, alfabetização, educação, esperança de vida e natalidade. Del Grande explicou que a ação cooperativista atua como distribuidora de renda no Brasil, e com o mesmo potencial de contribuição social visto nos EUA e no Japão. "Por isso, é fundamental a participação ativa dos políticos. Precisamos que eles nos defendam", concluiu.